Caminhar de olhos vendados num campo de minas...
Num país onde o Sector Primário era Rei. Numa terra onde o vinho, o melão, a melancia, o tomate, o morango, o milho e até a produção de leite já foram Reis e onde já nem príncipes há porque a agricultura tem vindo a ser sucessivamente destruída assim como outros sectores produtivos e exportadores do país, é evidente que Alpiarça vai empobrecer claramente.
Pena que alguns senhores locais do passado que abandonaram a câmara depois de aposentados com mais de quinhentos contos por mês para irem "turistar" quando viram que "a coisa estava preta" tal como fez Guterres quando confrontado com o pantanal, não tenham a coragem de dizer publicamente a verdade e assumirem o estado em que deixaram as coisas.
É evidente que estes que entraram têm andado um bocado atarantados e nem sempre se calhar tomaram as melhores medidas porque acho eu que a sensação que eles sentiram quando entraram na câmara foi que estavam a caminhar sobre um campo de minas com os olhos vendados e o avanço é às apalpadelas para não ficarem com as pernas destroçadas por alguma mina.
Eu se fosse ao presidente não falava só na dívida eu contava tudo: o estado calamitoso em que foram deixados os serviços, as "burlas" e as "tramoias" para esconder dívida, as falsas informações prestadas ao Tribunal de Contas e à Direcção-Geral das Autarquias por causa das várias ultrapassagens ao limite da dívida, as dívidas aos bancos mascaradas com factoring, ALD, Leasing, alugueres etc etc, os autênticos "empatas" que em vez de trabalharem só cuscam, calhandram e atrapalham, a calamidade do parque de máquinas e viaturas em que os carros da presidência eram as melhores viaturas da câmara, retro-escavadoras que já deviam estar no ferro-velho, os autocarros municipais a chegarem ao fim de vida útil, sendo que o autocarro escolar mais pequeno se arrasta e que bebe quase tanto óleo como gasóleo, a falta e degradação do equipamento mais básico de jardinagem, etc etc etc.
Eu acho que o Mário Pereira diz é pouco dêem a palavra ao vice-presidente Carlos Jorge que é quem tem de gerir as parcas Finanças e os parcos Recursos Humanos e que deve andar todos os dias a contar as moedas no fundo dos cofre da câmara para ir acudindo aos aflitos. Coitado do homem que ainda há dias desabafava: ainda é com o pessoal do desemprego que se vai fazendo alguma coisa...
De um leitor
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