A eliminação dos subsídios de Férias e de Natal que o primeiro-ministro, Passos Coelho, anunciou para o próximo ano vai fazer com que trabalhar no Estado seja menos recompensador do que tentar a sorte no mercado. Pelo menos, ao nível das remunerações expectáveis.
Esta é a conclusão a que se chega quando se comparam as "vantagens" salariais que a Administração Pública oferecia relativamente ao sector privado há alguns anos, acrescida das actualizações remuneratórias verificadas desde então - uma evolução que já incorpora os cortes brutais de vencimentos de 2011 e 2012.
A ideia de um "prémio salarial" associado ao facto de se trabalhar no sector público foi confirmada empiricamente pela pela primeira vez há dois anos, num estudo do Banco de Portugal. E foi com base neste diferencial que Passos Coelho justificou o corte salarial. "Os funcionários públicos ganham em média 10% a 15% mais que os trabalhadores privados", afirmou.
«JN»
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