A Câmara Municipal e a Junta de Freguesia de Alpiarça voltam a promover, no próximo fim de semana, o Festival do Melão, iniciativa iniciada em 2010 para valorizar e promover um produto que reivindicam como originário do concelho.
O II Festival do Melão vai decorrer sábado e domingo no Parque do Carril, em Alpiarça, local onde os produtores locais se concentram em julho e agosto para venderem o melão, melancia e meloa que produzem.
O evento surgiu da necessidade de associar a produção de melão a Alpiarça, concelho que, segundo a autarquia, mais produz este fruto sem colher “os benefícios desse trabalho e labor da população”.
A exemplo do que sucedeu na primeira edição, a autarquia tem estado a distribuir junto dos produtores autocolantes com a inscrição “Alpiarça Terra do Melão”, para que o fruto esteja identificado nos mercados onde é vendido, um pouco por todo o país, disse à agência Lusa Celestino Brasileiro, assessor do presidente da Câmara e ele próprio produtor.
Ao longo dos dois dias do festival, os visitantes encontrarão um espaço onde podem provar gratuitamente o melão produzido em Alpiarça e um outro espaço onde podem comprar diretamente aos produtores.
A divulgação do melão “Manuel António”, uma variedade desenvolvida por um produtor do concelho definida como “muito apaladada, muito alinhavada, muito bonita” mas com produção quase residual, volta a acontecer na edição deste ano do festival.
Para sábado à tarde está agendada a apresentação do livro “Manuel António, o pai de uma variedade de melão que marcou uma época”, da autoria de Ricardo Hipólito.
Segundo Celestino Brasileiro, a Câmara Municipal e a Junta de Freguesia iniciaram, junto da Direção Regional de Agricultura, o processo para certificação desta variedade, um processo que levará o seu tempo, mas que a autarquia acredita ser essencial para encontrar mercado e incentivar os produtores a retomarem a produção do melão “Manuel António”.
Este melão caiu em desuso no início da década de 1970, destronado pelo melão branco, sendo a produção atual apenas residual, praticamente para consumo próprio, afirmou.
“Neste momento já há produtores disponíveis para colaborar na sua recuperação”, num processo em que, além da Direção Regional da Agricultura, a autarquia quer envolver igualmente a Escola Superior Agrária de Santarém, disse.
Segundo Celestino Brasileiro, a produção deste ano foi afetada pelo mau tempo registado em maio, com quebras na quantidade, adiantando, contudo, que a qualidade se manteve boa.
O festival conta com um conjunto de iniciativas paralelas que a organização acredita ir atrair visitantes, como um passeio de bicicletas antigas, meio usado no passado pelos seareiros da região, e outro de carros antigos.
«Lusa»
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