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quarta-feira, 20 de julho de 2011

Carros dos administradores dos CTT andam mais do que se previa

Em dois anos, quatro administradores dos Correios de Portugal (CTT) percorreram, nos carros de serviço, o número total de quilómetros previstos para quatro anos. A despesa extraordinária será paga pela empresa.
A notícia é avançada pelo jornal i, que indica que a derrapagem na quilometragem dos três Audi e um Mercedes vai custar à empresa, do qual o Estado é o maior accionista, 76 300 euros, mas 12 900 do que estava previsto.
Segundo fonte citada pelo jornal, o valor da derrapagem será pago pelos CTT e não pelos administradores, contrariando as normas internas que indicam que quando um funcionário ultrapassa a quilometragem permitida do seu carro de serviço, responsabiliza-se pelo pagamento dos quilómetros em excesso.
Em 2008, os CTT alteraram o regulamento interno relativo às viaturas de serviço e passaram a adquirir veículos em regime de aluguer. Cada contrato tem a duração de 4 anos e o limite máximo de 100 mil quilómetros.
Os CTT já renegociaram com a empresa de aluguer de veículos para estabelecer um novo limite de quilometragem, mas a derrapagem dos quatro carros teve um impacto de 12 900 euros nas contas da empresa.
Privatização
A venda dos CTT está em discussão desde a apresentação do programa de privatizações 2010-13 e o executivo de Pedro Passos Coelho já anunciou no programa de governo a intenção de alienar a empresa ainda este ano.
Em Outubro de 2010, o Sindicato Nacional de Trabalhadores dos Correios e Telecomunicações entregou uma petição contra a privatização da empresa na Assembleia da República. O documento reuniu quase 18 mil assinaturas.
SAPO

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