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quinta-feira, 27 de novembro de 2014

Missão do FMI em Lisboa diz que portugueses são fracos a gerir

Portugal vai ter uma grande dificuldade em sair da crise e em aumentar a competitividade externa porque o sector público tem "constrangimentos agudos nas suas competências de gestão" e os sectores exportadores vão no mesmo caminho, estando aparentemente capturados num ciclo vicioso de falta de investimento e de qualificações na área da gestão.
O representante do Fundo Monetário Internacional (FMI) em Lisboa, Albert Jaeger, foi a Madrid explicar  por que razão é tão difícil a reabilitação económica de Portugal, mesmo depois da aplicação de um programa de ajustamento que durou três anos. Desta vez, o diagnóstico foi centrado na falta de competências da gestão nacional.
Na apresentação que fez na escola de gestão IE Business School, Jaeger, o economista austríaco que ocupa o lugar de residente permanente do FMI em Portugal, tentou responder à pergunta "Por que é tão difícil melhorar a competitividade externa?"
A resposta veio em quatro pontos. As ferramentas de política ao dispor do país são "limitadas", começou por dizer.
Primeiro, a economia não pode fazer desvalorização cambial por estar no euro e a opção da desvalorização fiscal, e porque a redução da Taxa Social Única (TSU) paga pelas empresas por conta dos trabalhadores - medida defendida pelo Fundo e por Vítor Gaspar, na altura ministro das Finanças - foi "rejeitada".
«NM»

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