A administração pública tinha em setembro deste ano 646.885 trabalhadores. São menos 79.879 pessoas do que em dezembro de 2011 quando já estavam no terreno algumas das medidas e orientações previstas no memorando de entendimento assinado com os credores internacionais.
Os dados para o terceiro trimestre deste ano, que constam da mais recente Síntese Estatística do Emprego Público (SIEP), indicam que as carreiras que perderam o maior número de trabalhadores foram as de docente e as de assitentes técnico e operacional.
A quebra registada naquele tipo de funções reflete as medidas de controlo nas admissões, dos programas de rescisões amigáveis e da não renovação dos contratos a prazo, mas está também influenciada pelo facto de os dados do final do terceiro trimestre não incluírem as colocações de professores e auxiliares do novo ano letivo.
Mas mesmo que a comparação seja feita entre setembro de 2013 e o mesmo mês de 2014 - de forma a anular aquele efeito das colocações - observa-se uma quebra de efetivos. Neste período a administração pública perdeu 23.953 pessoas, sendo grande parte desta redução devida às saídas para a reforma sem substituição do trabalhador.
O mesmo período de referência indica que a maioria destas saídas ocorreu entre os assistentes técnicos e operacionais (que perderam respectivamente 5.754 e 8.417 pessoas). O universo de professores e de educadores de infância ficou, por sua vez, com menos 4.489 efetivos. Os dados do SIEP dão ainda conta de menos 455 técnicos superiores (para os quais esteve disponível um programa de rescisões voluntárias) e 469 funcionários da Administração Tributária e Aduaneira. No caso do fisco esta redução observada no último ano representa mais de dois terços do total de saídas desde o final de 2011.
«DV»
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