Francisco Cunha entrou na política disposto a dar o corpo às balas
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| Por: X. Frade |
Pela leitura que faço dos acontecimentos que ensombram a nossa política local, toda esta confusão, ao que dizem, tem origem num vereador que nem sequer tem pelouro distribuído: Francisco Cunha, vereador do movimento TPA, apoiado pelo PSD e MTP.
O mal do vereador Cunha; o defeito do vereador Cunha é, efectivamente, querer saber o que se passa na autarquia. Querer saber coisas que em quarenta anos de democracia nunca outros vereadores ousaram saber. Ser da oposição na Câmara Municipal de Alpiarça, ao longo de 40 anos de liberdade, sempre significou deixar governar a maioria e não questionar sobre matérias que eram tacitamente consideradas de "reservadas" ao executivo no poder.
O Francisco Cunha rompeu com essa norma, eventualmente tácita. O vereador Pedro Gaspar, embora com um estilo, de certo modo mais brando, também não deixa as coisas por mãos alheias. O que tem a dizer, não guarda para mais tarde.
E a pergunta que se deve colocar é: Terá Francisco Cunha direito como vereador da oposição, a vasculhar o que se encontra dentro dos baús do passado? Terá Francisco Cunha legitimidade para saber o que tem feito o executivo CDU, à frente da câmara municipal de Alpiarça?
A lei, pelos vistos, diz que sim. A prova provada é a recomendação da Comissão de Acesso aos Documentos Administrativos.
Francisco Cunha entrou na política disposto a dar o corpo às balas. Disposto a modificar os cânones da velha ortodoxia camarária. Será que vai conseguir os seus intentos? Muitos outros pensaram nisso mas, faltou-lhes a coragem para um combate que se adivinhava difícil.
Depois, as questões polémicas das reuniões de câmara.
Estas questões de desequilíbrio psíquico e nervoso que levam à falta de postura institucional nas reuniões de câmara; que levam à falta de decoro, tanto de uns como de outros, têm origem, segundo alguns analistas, na resistência à mudança de hábitos existentes desde 1974 na Câmara Municipal de Alpiarça. Geria-se uma câmara municipal como se geria uma quinta particular (vulgo cooperativa), sem dar cavaco a ninguém; sem auditorias rigorosas; sem prestar contas públicas aos munícipes; e, muito menos, a vereadores sem pelouro.
Estas questões de desequilíbrio psíquico e nervoso que levam à falta de postura institucional nas reuniões de câmara; que levam à falta de decoro, tanto de uns como de outros, têm origem, segundo alguns analistas, na resistência à mudança de hábitos existentes desde 1974 na Câmara Municipal de Alpiarça. Geria-se uma câmara municipal como se geria uma quinta particular (vulgo cooperativa), sem dar cavaco a ninguém; sem auditorias rigorosas; sem prestar contas públicas aos munícipes; e, muito menos, a vereadores sem pelouro.
Esses tempos passaram à história. As câmaras municipais estão agora controladas e vigiadas por entidades inspectivas. Muitas câmaras foram intervencionadas, como sabemos, pelos resultados negativos que apresentaram. O que era segredo do executivo, deixou de o ser. Exige-se verdadeira transparência nos actos públicos. As leis foram disponibilizadas para todo e qualquer cidadão interessado. Acabou o monopólio e a exclusividade da informação privilegiada.
Para os servidores da causa pública, nomeadamente câmaras municipais, o segredo como alma do negócio, deixou de fazer qualquer sentido.
Há que ter coragem para aceitar estas mudanças. Há que ter coragem para encarar o futuro e dar resposta ao presente, com honestidade, com rigor, com competência e, sobretudo, com verdadeira TRANSPARÊNCIA.
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12 comentários:
Uma opinião que me parece respeitável, que diz umas verdades difíceis de engolir. Talvez venha fazer (re)pensar alguns que por aqui aparecem a defender o que não sabem nem conhecem.
Venham mais cinco! Como diria Zeca Afonso.
Balelas!!! Toda a gente sabe que o problema do vereador não é esse que diz o autor do post. O problema é a postura constantemente provocadora e os tiques de quem ainda pensa que ganhou as eleições, querendo impor a sua vontade e as suas propostas esquecendo-se que a maioria é que decide, ter a última palavra nas discussões quando a lei diz que o presidente das reuniões é que fecha as discussões , etc etc etc. É isto que ele veio trazer à política local. Agora diga-me: o que é que nós e a terra ganhamos com isso até agora? Baixarias e uma má imagem, só isso. Que mais valia foi esta? Para além de que num raio de 100 km toda a gente conhece a fama do Cunha ... e não é como político. Para vereador isso não é um bom cartão de visita...
Como escreve o comentarista das 22:46 "umas verdades difíceis de engolir". É também o que me parece ser revelado no post.
O comentarista da 01:07 escreve que é tudo balelas e que toda a gente sabe que o problema não é esse. Ó senhor comentarista, o senhor não pode estar a falar em nome de toda a gente. O senhor poderá conhecer a opinião de algumas pessoas que têm a sua opinião mas, por uma questão de rigor, não pode falar em nome de toda a gente, não é verdade? Isso é querer ser mais papista que o papa! E você sabe, eu sei, que muita coisa tem de mudar no nosso país, na nossa sociedade e, essa mudança envolve naturalmente as autarquias.
Quanto aos tiques...todos nós, se quisermos, poderemos ver onde estão os "tiques". O vereador Cunha poderia ser menos espalhafatoso em determinados momentos? Se calhar poderia. E o executivo poderia ser mais célere a cumprir as suas obrigações? Se calhar poderia e, teria evitado parte destas confusões e faltas de respeito nas reuniões de câmara.
Então onde está a origem desta confusão? Não estará garantidamente apenas e só no vereador Cunha. Creio que isto já foi afirmado por um autor e responsável do JA.
Agora, analisando os factos políticos e deixando os créditos pessoais de cada um de lado, o comentarista pergunta o que é que nós e Alpiarça ganhamos com isto? Penso que se refere a estas brigas e exigências legais de documentação etc. Bom, ainda é cedo para avaliar o lucro e o prejuízo mas, uma coisa parece certa, ganhamos pelo menos mais verdade e responsabilidade nos atos públicos da autarquia.
Quanto aos cartões-de-visita dos vereadores, não se preocupe com isso. Preocupe-se mais com o problema ambiental que temos, por exemplo, na nossa barragem dos Patudos, onde milhares de peixes mortos permaneceram durante a última semana (mais de oito dias) nas margens da albufeira exalando um cheiro pestilento e insuportável. Valeu-nos este tempo de aguaceiros para atenuar o desleixo.
Isto sim, é que nos deve preocupar seriamente como cartão- de-visita de Alpiarça.
O maior cartão de visita de Alpiarça é o vereador do PSD. Internacionalmente conhecido pelos seus "atributos" e "qualidades" só comparáveis às de um daqueles políticos de que os defensores dele próprio críticam. É ele o mais parecido com o que ele e mentor criticam. Tá aí uma coisa esperta.
Um conselho: se quer criticar os políticos, traga para a política um bom exemplo de virtudes e não isto. Se duvida da honestidade dos políticos em geral, comece por duvidar do Francisco Cunha. Que tal? Pergunte à maioria dos alpiarcenses e eles lhe dirão.
Senhor comentarista das 14:50, temos reparado que o senhor tem um ódio de estimação pelo visado. O senhor cospe fogo por todos os poros contra o vereador do TPA. De tal maneira que isso o impede de ver outras coisas que estão à sua volta que também causam raiva e, ainda não se apercebeu. O importante para si é abater o inimigo! Já vimos esse filme várias vezes, dobrado em várias línguas.
Tenha calma homem! Respire fundo e se tiver muita raiva dentro de si, experimente distribuir essa raiva por outros lugares. Basta olhar à sua volta com atenção e, não lhe faltarão motivos para descarregar essa ira que lhe corrói a alma.
Entretanto, procure relaxar. Pratique desporto, rache lenha, leia para compreender a alma humana e fale com os amigos. Acredite que isso vai passar.
Como dizia Ortega y Gasset: “ O Homem é ele próprio e a sua circunstância.”
Se a forma de argumentar contra o que o das 14.50 disse é dizer que ele tem raiva, então há muitos raivosos em Alpiarça. É que você das 19.45 não quer ver, mas aquilo é o que grande parte de nós alpiarcenses achamos.
Que tal você sair mas é à rua para perceber melhor o clima que se está a viver e o que as pessoas acham umas das outras?
E também pode ler um bocadinho que nisso eu concordo consigo, faz bem e aprende-se bastante. Pode ler de tudo desde romances policiais a acórdãos de tribunal e aprenderá bastante sobre a realidade que o rodeia. Não viva só virtualmente ligado a determinadas páginas das redes sociais, onde está numa redoma sem noção nenhuma do mundo cá fora. (Refiro-me obviamente àquelas ligadas ao Três Por Alpiarça, é isso que quer dizer TPA, não é? Se não for, desculpe a ignorância, mas eu é só clássicos, tanto da literatura como da política como das redes sociais, tipo JA e assim. Tambem gostava do Rotundas e Encruzilhadas e até do Trevo do Mar. Todos estes têm/tinham uma coisa importante, CLASSE, que é coisa rara hoje em dia).
Também o aconselharia a si próprio a falar com os amigos, se eu acreditasse que os tinha. Como não quero ser cruel, fico-me por aqui e desejo-lhe algum divertimento neste fim de semana, que esta vida são dois dias.
Podemos deduzir que o comentarista (21:42) gostava de todos aqueles que estavam na altura contra o PS que conduzia a CMA. Gostava até de trazer os amigos ou conhecidos da imprensa a Alpiarça, para mostrar meia dúzia de peixes mortos na vala velha. Hoje são milhares e não se preocupam com isso. Havia que retomar os privilégios perdidos, de qualquer maneira, não é verdade? Claro que CLASSE, para si, era estar contra o PS. Agora se os mesmos dissessem algo contra a CDU já não tinham CLASSE nenhuma!
Realmente 12 anos foi muita humilhação...
Prepare-se para mais uns anos de descanso se o nosso camarada António Costa for, como esperamos, 1º ministro.
Pode tomar nota.
Confesse lá (21:42) que só passou a gostar do JA a partir de determinada altura. Gostava tanto do JA que colocaram um processo em tribunal e ainda hoje é possível ler em determinada página partidária o ataque sujo feito a este blog. Em relação a outras publicações, acredito plenamente que tivesse gostado. Ninguém desdenha dos nossos e dos que nos são fiéis. Não é assim?
Já viu que a sua escrita é por demais conhecida e por acaso o que escreve se aplica inteiramente a si? Que amigos tem fora do partido? Quem o vê a beber um café ou fora do triângulo "das Bermudas Alpiarcenses" excepto quando o obrigam a distribuir flores no dia internacional da mulher ou em campanha eleitoral.
Apanhe sol, fale com toda a gente (mas toda mesmo!) que vai ver que a opinião das pessoas é muito diferente da que pensa.
O mundo virtual e o real são muito diferentes, tanto como esperar o ordenado com o Facebook aberto ou ter de ganhar o pão de cada dia no privado e em concorrência.
Mas todos compreendemos a sua triste amargura. O Cunha tornou-se um osso mais duro de roer do que estavam á espera.
Ó 13:08, já estou a ver que o desejo de ter um bom fim de semana não se está a concretizar. Tão amargo e a mandar tiros para todo o lado. Tem que fazer melhor mira. Talvez necessite de trocar de óculos... É só rir!!!
Parece que anda aqui gente na caça às bruxas. Antes fossem arregaçar as mangas, como prometeram algures e não vejo nada. Em vez disso, continua a campanha da má língua e do mal dizer.
Um conselho, não levem a mal.
- Eh pá, tomem conta disso. Não deixem entregue a um lunatico que vê potenciais guerras em tudo. Assim não dá.
Não sou muito dado a escritas mas, ao ler os comentários aqui publicados, verifico que o escriba destacado para defender a CDU no JA está muito aquém de outros "profissionais" da escrita que aqui botam opinião.
Posso estar enganado mas é o que me é dado observar.
também já dei por isso. Há por aqui um fraco atirador furtivo a soldo dos comunistas a atirar uns tiros de pólvora seca que acabam por não atingir ninguém.
É melhor mudarem de atirador pois este que pelos vistos tem fraca pontaria.
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