A CGTP está a preparar uma ação judicial
contra o Estado para que seja devolvidos os valores das taxas contributivas
que, entre 25 de julho e o final de 2013, foram aplicadas aos subsídios de
desemprego e de doença.
A decisão da CGTP em avançar com esta iniciativa junto dos
tribunais baseia-se no facto de o Governo não ter eliminado o artigo do
Orçamento do Estado que criou estas taxas - tendo optado pela sua reformulação
- depois do o Tribunal Constitucional o ter declarado inconstitucional.
A versão inicial destas taxas previa que os desempregados pagassem
uma contribuição de 6% sobre o valor do subsídio e que no caso das baixas por
doença se aplicasse uma taxa de 5%. Para o TC a medida foi considerada
inconstitucional até porque não salvaguardava os valores mínimos destas dois
apoios contributivos.
"Uma dificuldade séria é, no entanto, suscitada pela ausência
de uma qualquer cláusula de salvaguarda que impeça que os montantes pecuniários
correspondentes aos subsídios de doença e de desemprego, por força da dedução
agora prevista, possam ficar abaixo do limite mínimo que o legislador fixou, em
geral, para o conteúdo da prestação devida para qualquer dessas
situações", refere o acórdão do TC.
De acordo com a lei, o subsídio de desemprego não pode ser
inferior a um Indexante de Apoios Sociais enquanto nas baixas por doença o
subsídio não pode ser inferior a 30% do valor diário do salário mínimo
nacional.
Depois de conhecer a decisão do TC, o Governo optou por reformular
o artigo, determinando que da aplicação das taxas não poderia resultar um valor
de subsídio inferior ao mínimo previsto na lei. Mas as taxas mantiveram-se,
tendo começado a ser aplicadas de 25 de julho em diante. Os valores que tinham
sido cobrado desde janeiro, foram entretanto devolvidos aos seus titulares.
A solução encontrada pelo Governo foi logo na altura contestada
pela CGTP que agora anunciou a intenção de levar o caso para os tribunais com o
objetivo de conseguir que as taxas então cobradas sejam devolvidas aos
respectivos beneficiários.
Em conferências de imprensa realizada esta sexta-feira a CGTP
apelou a todos os trabalhadores que se sintam lesados a juntar-se a esta
iniciativa.
O Governo voltou a inscrever no OE de 2014 estas taxas de 5% e de 6%, mas o TC chumbou-as. A decisão foi conhecida a 30 de maio, anulando os efeitos da norma desde que ela começou a ser aplicada. Por este motivo, o Governo teve de devolver o dinheiro que tinha sido cobrado desde janeiro.
O Governo voltou a inscrever no OE de 2014 estas taxas de 5% e de 6%, mas o TC chumbou-as. A decisão foi conhecida a 30 de maio, anulando os efeitos da norma desde que ela começou a ser aplicada. Por este motivo, o Governo teve de devolver o dinheiro que tinha sido cobrado desde janeiro.
«DV»
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