Por: António Centeio |
O vereador do TPA/PSD/MPT
tem vindo a insistir nas últimas reuniões de Câmara para que o presidente lhe
conceda informações sobre a ‘concessão do Parque de
Campismo de Alpiarça’ (PCA) porque, segundo informações divulgadas, existem dúvidas se estão a
ser cumpridas as respectivas ‘condições contratuais’.
JA teve acesso e consultou
todas as ‘condições
contratuais’ para
poder adiantar que segundo o acordo feito e divulgado em devido tempo mais não
são do que: “o
direito de exploração do PCA em que o concessionário deverá proceder à
recuperação/requalificação “
do parque e ainda dos “respectivos
imóveis nele existentes” sendo permitido ao arrendatário a “exploração do
restaurante bar/esplanada, piscina, minimercado e outros equipamentos
existentes ou que venham a existir no PCA”.
Ao
concessionário resta-lhe a contrapartida de pagar mil euros mensais acrescido do IVA à Câmara.
A questão
que se pode apresentar, que parece ser o motivo das dúvidas do vereador do TPA,
é se o concessionário terá capacidade para explorar e rentabilizar o PCA mas
que em nada exige, nem pode exigir, interferências ou responsabilidades da
Câmara porquanto a esta resta-lhe receber mensalmente o pagamento da renda
durante dez anos, duração do contrato.
Salientamos que o PCA está a ser explorado e administrado
pela empresa ‘Trilhos do
Sol’ uma empresa
unipessoal especializada na área de ‘campismo,
caravanismo e turismo rural’.
A empresária Bruna Véstia |
Foi criada em Outubro de 2010 e tem como
gerente, Bruna Véstia uma jovem empresária que já levou a efeito vários eventos
no Parque de Campismo de Alpiarça.
Porque o tema já foi debatido vezes
demais em reuniões de Câmara por diversos intervenientes onde até exigiram ao
Executivo da CDU que disponibilizasse a ‘Contabilidade’ da empresa
concessionária do PCA como se fosse possível e permitido à Câmara saber ou
interferir nos ‘lucros e prejuízos’ da empresa arrendatária, JA questionou Mário Pereira, presidente
da Câmara Municipal de Alpiarça para que nos esclarecesse o ‘ponto de situação’ contratual entre as duas entidades envolvidas
– Câmara e Concessionária – ou que nos dissesse se existe alguma razão para
tanta discussão e exigência por parte do Vereador do TPA/PSD/MPT.
O presidente mostrou-se disponível para nos esclarecer, dando-nos os seguintes esclarecimentos:
O presidente mostrou-se disponível para nos esclarecer, dando-nos os seguintes esclarecimentos:
Mário Pereira Presidente da Câmara Municipal de Alpiarça |
Os documentos e as informações pedidos pelos vereadores são todos
entregues, normalmente logo que me chegue a resposta dos serviços municipais, e
nos termos das informações prestadas por cada um dos serviços, tendo em conta a
salvaguarda de todas as questões legais e de sigilo legítimamente envolvidas. O
senhor vereador do PSD/MPT/TPA não pode é querer que os serviços municipais
estejam exclusivamente ao dispor dos seus caprichos; portanto, respondo sempre
a todas as questões e entrego toda a documentação solicitada, à qual
corresponda uma legitimidade de acesso por parte de qualquer eleito municipal
ou outro cidadão.
É o que se passa com todo o processo de concessão do
Parque de Campismo. Mais, todo esse processo foi e é público, tendo obedecido a
todas as regras de concurso público, porque esta é a única forma de trabalhar
deste executivo municipal, com total transparência. Se o senhor vereador do
PSD-MPT Francisco Cunha está habituado a outros tipos de procedimento, nós,
eleitos da CDU, não estamos, nem, garantidamente, a eles nos habituaremos.
Quanto ao Parque de Campismo de Alpiarça, Mário Pereira adiantou-nos ainda
o seguinte:
1 O Parque de Campismo foi concessionado a uma empresa privada por 10 anos no
início do primeiro mandato do PS;
2. nesses 10 anos, o Município de Alpiarça não retirou praticamente nenhum
rendimento da concessão porque a empresa concessionária deixou de pagar a
renda, alegando vários incumprimentos por parte da Câmara;
3. esses 10 anos, para além de não ter retirado qualquer rendimento de um
espaço municipal (logo, um espaço que é de todos os alpiarcenses), a Câmara de
maioria PS assistiu a uma continuada degradação do Parque de Campismo, porque
deixou de haver o necessário investimento nas infraestruturas;
4. quando a concessão terminou, em Abril de 2010, já com a maioria CDU na
Câmara, e no quadro de uma situação financeira calamitosa do Município, sem
estrutura de pessoal própria para o Parque de Campismo, este executivo procurou
tudo fazer para manter o Parque aberto, mantendo o serviço aos campistas que o
frequentavam há dezenas de anos e a sua função de equipamento de apoio à
actividade turística no concelho;
5. em finais de 2011, não tendo possibilidade de assegurar o investimento
necessário à manutenção do Parque de Campismo – não havia financiamento
comunitário aberto às autarquias para este tipo de infraestruturas, nem houve
entidades privadas interessadas em fazer esse investimento, apesar dos
contactos realizados –, a Câmara decidiu fechar temporariamente o Parque e
avançar com um Estudo-Conceito para o aproveitamento turístico de toda a área
do Alto do Castelo, para, logo que possível, fossem realizados os investimentos
indispensáveis à sua reabertura ao público, integrado num projecto mais global;
Piscina da Parque de Campismo |
6. após o estudo ter sido apresentado, a Câmara, nos primeiros meses de 2013,
abriu um Concurso Público, obrigatoriamente publicitado em DR e cumprindo todos
os preceitos legais, ao qual concorreu apenas um candidato, que, tendo
correspondendo a todos os requisitos, viu-lhe ser adjudicada em reunião de
Câmara a concessão do Parque de Campismo, por 10 anos, pagando uma renda de
1000 euros mensais, e compromentendo-se em contrato a realizar, faseadamente,
ao longo dos anos, um conjunto de benfeitorias e de investimentos que irão
certamente qualificar o Parque de Campismo, e cuja implantação a Câmara irá
acompanhar e fiscalizar;
7.assinado o contrato, a nova concessionária procedeu às intervenções e
investimentos iniciais de recuperação do espaço e o Parque de Campismo foi
reaberto no dia 3 de Agosto de 2013, recuperando a sua função de equipamento ao
serviço do desenvolvimento económico, comercial, turístico e cultural deo
concelho de Alpiarça e da sua comunidade;
PROJECTO GLOBAL PARA O DESENVOLVIMENTO TURÍSTICO DO ALTO DO CASTELO / QUINTA DOS PATUDOS |
8. ao longo destes primeiros meses de exploração, a Concessionária contactou a
Câmara para discutir a possibilidade de diferir as rendas do 1º ano (em vez de
pagar 1000 euros, pagaria 500) para o último ano de contrato (em vez de pagar
1000 euros, pagaria 1500), para alivar os custos neste período de investimento
inicial, transferindo-os para o final, numa situação desejavelmente
estabilizada;
9. verificada a legitimidade legal desta pretensão da Concessionária, a
Câmara, em reunião pública, deliberou aceitar este diferimento das rendas,
mantendo o valor global final a pagar à Câmara no final dos 10 anos do contrato
de concessão, salvaguardando assim o interesse público.
É tão simples e clara quanto esta, a situação do Parque de Campismo de
Alpiarça.
Desejo – tal como todos os eleitos da CDU – que a nova Concesionária do
Parque de Campismo tenha todo o sucesso na dinamização daquele espaço de grande
potencialidade para o desenvolvimento turístico e económico do concelho de
Alpiarça, e agiremos sempre na salvaguarda desse interesse maior. Com a vontade
de fazer bem. Com seriedade.
E os outros, poderão todos dizer o mesmo? E desejarão todos o mesmo?
Admito que este tipo de procedimentos, bem como o seu sucesso final, no
concreto, possam ser um problema para o senhor vereador do PSD-MPT-TPA, e, se
assim for, não poderei dar qualquer outro tipo de contributo.
3 comentários:
Os comentários devem vir assinados, caso contrário não serão publicados.
Os documentos do contraditório que por ventura possam servir de base a quem quiser comentar devem ser anexados ao comentários a fim de serem publicados
Fatima Amante Ferreira: concordo com o sr,Presidente tudo foi feito dentro da legalidade e por pessoas honestas como a Dra. Bruna Véstia , sou testemunha no empenho que se fez para que o parque ficasse com um aspecto bonito, uma vez que estava abandonado e com um aspecto horrivel desde ervas por todo o parque caravanas abandonadas e mto mais ......... a Dra Bruna pôs mãos á obra e tem feito um trabalho de qualidade recuperando o que estava mal tratado . bem aja Dra Bruna assim os cidadãos de Alpiarça e não só como estrangeiros tem onde acampar com segurança .
(da nossa página do Facebook)
Artur Matos:
Ninguém tenha duvidas da legalidade da concessão, só gente mesquinha é que tem duvidas desse tipo. Agora tb aproveito para dar os parabéns á Bruna por todo o seu esforço e empenho na recuperação daquele espaço maravilhoso, desde a limpeza do espaço, recuperação dos balneários, painéis solares, espaço da piscina etc etc, pelos eventos realizados, festas temáticas no verão no espaço da piscina, noites de fados e de magia, e outros que talvez não saiba. Não sei se o que vou dizer está errado, mas, se estiver peço já as minhas desculpas, talvez essa vereação da oposição ainda não se deslocou ao Parque de Campismo para ver o trabalho feito, essa oposição seria bem mais útil se tentasse ajudar em vez de andar com dúvidas mesquinhas. Força Bruna mostra aquela alma Gigante que tens dentro de ti.
(Facebook)
Enviar um comentário