Socialistas sobem nas
sondagens há sete meses e começam o novo ano mais próximos dos 40% das
intenções de voto
O PS consegue em Janeiro o seu melhor resultado de sempre, quase dez pontos
acima da sua pior marca, registada em Abril do ano passado. Os socialistas
recolhem 37,8% das intenções de voto neste barómetro i/Pitagórica. Dos partidos
com assento parlamentar, o CDS regista a maior queda, com o Bloco de Esquerda a
partilhar a tendência de descida face ao último barómetro. Em sentido inverso,
PSD e PCP, além do PS, ganham pontos este mês.
A subir pela sexta vez em sete meses, o PS volta a elevar a fasquia - desta
vez em 1,1% - ficando agora com uma vantagem exacta de 12 pontos sobre os
sociais-democratas. Os eleitores respondem às críticas de "falta de
alternativa" que a maioria dirige aos socialistas com um novo reforço de
confiança.
Apesar de ver aumentar a diferença face ao PS nas intenções de voto, o PSD
regista também uma ligeiríssima subida. Se as eleições se realizassem hoje, o
partido de Passos Coelho conseguiria 25,8% dos votos, recolhendo mais 0,1% que
em Dezembro. Com estes números, os dois maiores partidos trocam de posições
face aos resultados das últimas eleições legislativas, em Junho de 2011. Nessa
altura, o PSD obteve 38,7% dos votos dos portugueses contra 28,1% dos
socialistas.
O PCP completa o clube das boas notícias. Depois da quebra de Dezembro - em
que perdeu dois pontos em relação ao último resultado no barómetro - o partido
recupera agora algumas décimas, chegando aos 11,4% das intenções. Ainda assim,
os comunistas permanecem um pouco abaixo daquele que foi o seu melhor
resultado: 13,2%, em Junho do ano passado.
Em sentido inverso ao parceiro de coligação no governo, o CDS protagoniza a
descida mais acentuada, perdendo mais de um ponto percentual este mês e
começando o novo ano com 7,8% dos votos - menos quatro pontos que o resultado
com que chegou ao poder, em 2011. Na verdade, os centristas arrancam 2014 com o
seu pior resultado de sempre no barómetro i/Pitagórica, e isto no
mês em que Paulo Portas foi reeleito líder do partido. As explicações sobre a
origem da crise política de Julho passado que o presidente do CDS apresentou
aos congressistas de Oliveira do Bairro - "o que tem de ser teve muita
força" - não foram suficientes para evitar um novo marco negro eleitoral
para o partido.
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