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sábado, 18 de outubro de 2014

PS à beira da maioria absoluta

A chegada de António Costa à liderança do PS já surtiu efeito entre os eleitores. De acordo com uma sondagem da Universidade Católica para o JN, se houvesse eleições neste momento o PS teria 45% dos votos e uma quase certa maioria absoluta.

Ainda não passou um mês sobre a vitória de António Costa e a consequente demissão de António José Seguro e as perspetivas eleitorais do PS são já completamente diferentes. O Barómetro de outubro de 2014 do CESOP da Universidade Católica atribui aos socialistas uma subida de nove pontos percentuais (de 36% para 45%) relativamente à sondagem de abril de 2014 e uma diferença de 17 pontos percentuais para o PSD (que consegue agora 28%).
Os investigadores da Católica concluem que, com um resultado destes, o PS teria, "muito provavelmente", uma maioria absoluta. E lembram até dois resultados similares dos socialistas, com consequências diferentes: em 1999, com António Guterres como candidato, conseguiram 44%, mas não uma maioria absoluta; em 2005, com José Sócrates, com os mesmos 45% de votos que agora a sondagem lhes outorga, chegou pela primeira vez a maioria absoluta para um Governo do PS.
Esta subida acentuada das intenções de voto no PS tem reflexos negativos em quase todos os partidos com representação parlamentar. A exceção é o CDS, que se mantém nos 4% que já lhe eram atribuídos na última sondagem da Católica. António Costa vai assim buscar votos ao PSD (desce dois pontos percentuais), à CDU (que passa de 12% para 10%), ao Bloco de Esquerda (reduz de 7% para 4%) e até aos votos brancos e nulos (baixam de 7% para 5%).
A prova de que é o efeito António Costa que permite o desbloqueamento do PS encontra-se quando se analisa a avaliação que os eleitores fazem dos diferentes líderes políticos e partidários. O novo líder socialista passa diretamente para o primeiro lugar da classificação, com 62% de avaliações positivas, ainda que apenas no limiar de uma nota positiva (9,6 numa escala de 0 a 20). E consegue a melhor nota, apesar (ou graças ao facto) de ter menor notoriedade que Cavaco Silva, Passos Coelho, Paulo Portas, Jerónimo de Sousa e até do que António José Seguro.
Outro dos factos relevantes desta sondagem é que os eleitores parecem apostar de novo no statu quo partidário, ou seja, nos partidos que dominaram o Parlamento nas últimas quatro décadas. No que diz respeito a intenções de voto, praticamente não há sinais do MPT (a barriga de aluguer de Marinho Pinto para as europeias), nem do Livre de Rui Tavares. Mas talvez seja cedo para concluir que o balão de protesto já se esvaziou.
Os inquiridores da Universidade Católica não fornecem uma lista de partidos aos inquiridos. É cada eleitor que indica o partido da sua preferência. E o caso de Marinho Pinto é particular, uma vez que já deixou o MPT, mas o seu novo partido, o PDR, tinha apenas uma semana de vida quando o trabalho de campo foi efetuado, o que o deixa numa espécie de limbo partidário. Mesmo assim, somadas as referências diretas ou indiretas a Marinho Pinto, estima-se que teria nesta altura um resultado entre 1% e 2%.
Mas o que deixará o novo líder do Partido Democrático Republicano um pouco mais satisfeito é saber que soma um índice de notoriedade (69%) superior, por exemplo, à dupla que lidera o BE e, mais ainda, ser o terceiro líder político melhor valorizado, depois de António Costa (PS) e Jerónimo de Sousa (PCP), quer na nota conseguida (8,4 em 20), quer na proporção de avaliações positivas (47%). E em qualquer dos casos sempre muito à frente, por exemplo, do líder do Livre, Rui Tavares.
«Jornal de Noticias»

1 comentário:

Anónimo disse...

Maioria absoluta para quê? Em que eleições isso vai acontecer? Andam a meter na cabeça das pessoas que vão ganhar as eleiçôes para primeiro Ministro, é algumas eleições novas? Nunca fui chamado a votar para um primeiro Ministro.Falem a verdade ao povo e deixem-se de sondagens