Em 2015, é certo que o Estado vai angariar menos dinheiro com IRS e IRC, mas certo é também que os impostos sobre o consumo vão servir para pagar quatro vezes essa redução, indica o Jornal de Negócios.
Ainda que o IRS e IRC passem a sofrer um alívio, os impostos sobre o consumo sofrem o maior aumento dos últimos 10 anos, chegando mesmo a crescer mais do que nos anos em que a troika esteve em Portugal.
Só no que respeita ao imposto sobre o valor acrescentado, o encaixe é de 13.849 milhões de euros, mais 641 milhões do que em 2014. E o imposto sobre os produtos petrolíferos vai permitir arrecadar mais 207 milhões de euros, atingindo um total de 2.310 milhões.
A maior subida face aos dados do ano passado diz respeito ao imposto sobre veículos, que cresce 20,6% e que passa de 463,9 milhões de euros para 559,5 milhões. Segue-se o imposto único de circulação, a aumentar 18,6% e a permitir um encaixe de 314,8 milhões.
A estes somam-se, ainda, os impostos sobre o tabaco e sobre as bebidas alcoólicas, assim como o imposto de selo. Juntos, permitem aos cofres do Estado arrecadar 3.095 milhões de euros, mais 251,8 milhões do que no presente ano.
A nível global, os 1.922 milhões de euros a mais que os impostos sobre o consumo permitem encaixar quatro vezes o valor que se perde com os benefícios dados aos trabalhadores a nível de IRS e IRC, que custarão ao Estado 150 milhões e 250 milhões, respetivamente.
«NM»
Sem comentários:
Enviar um comentário