Todos os anos e à medida que o Verão se aproxima somos "bombardeados" pela publicidade exagerada mas oportuna, acerca da dieta alimentar e de produtos ditos auxiliares dessa dieta.
Na realidade, atendendo à normal vaidade do ser humano, homens e mulheres, somos tentados a procurar um estado físico e uma silhueta mais de acordo com o "eticamente agradável".
Em muitas dessas ditas dietas são recomendados cortes radicais com as bebidas alcoólicas, entre elas o Vinho.
Embora a minha formação académica não me permita abordar este tema com a profundidade que gostaria, permite-me pelo menos, ter uma noção da base calórica da maioria dos alimentos, bem como das necessidades alimentares dos seres vivos sujeitos a um desgaste físico diário.
Embora a minha formação académica não me permita abordar este tema com a profundidade que gostaria, permite-me pelo menos, ter uma noção da base calórica da maioria dos alimentos, bem como das necessidades alimentares dos seres vivos sujeitos a um desgaste físico diário.
No Verão, normalmente fazemos mais exercício físico, pois esta atitude vem um pouco no seguimento da tentativa de obtenção da redução de peso. Daí também um maior consumo energético e de líquidos.
É nesta base que, me atrevo a " meter a foice em ceara alheia" e, pensando alto, incluir o Vinho numa dieta alimentar criteriosa.
Todos sabemos que o Vinho é um produto calórico. No entanto é tanto mais calórico quanto mais elevado for o seu teor alcoólico e, naturalmente, quanto maior for a quantidade ingerida.
Pensando numa refeição ligeira de verão, onde deverão prevalecer as saladas, peixes, carnes frias e alguns hidratos de carbono, não podem faltar alguns líquidos, entre eles um vinho adequado.
Pensando numa refeição ligeira de verão, onde deverão prevalecer as saladas, peixes, carnes frias e alguns hidratos de carbono, não podem faltar alguns líquidos, entre eles um vinho adequado.
Nesta caso deverá ser um vinho fresco, leve, acídulo e pouco alcoólico, branco ou rosado, de preferência, pois alguns vinhos tintos, mais alcoólicos e pesados, por vezes não se dão muito bem com a refrigeração. Nunca deverão no entanto ser servidos acima dos 18º. A "velha teoria" dos vinhos tintos à temperatura ambiente pertence ao passado. Imaginemos uma temperatura ambiente de Inverno e de Verão, onde, neste último, por vezes somos deparados, na restauração com serviço de vinhos menos adequada, com o vinho no copo a 30º e mais. Claro que é imbebível num dia quente.
No entanto, outros vinhos tintos mais ligeiros, suportam perfeitamente e por vezes até se tornam agradáveis no Verão, quando servidos a cerca de 12º.
Portanto não se iniba e refrigere os seus vinhos. Brancos e rosados entre os 6 e 12º e os tintos entre os 12 e os 18º. Verá como são mais agradáveis na época que vamos atravessar.
Com a progressiva divulgação e generalização do conceito de "vinho a copo", é cada vez mais fácil acompanharmos uma refeição ligeira com a adequada quantidade de vinho, tornando-a muito mais agradável e sedutora do que se for acompanhada por um refrigerante, doce e gaseificado ou uma sangria, muitas vezes mais alcoólica do que o vinho e ainda por cima com elevados teores de açúcar, onde seguramente o valor calórico é bastante superior. Isto para já não falar de outros aspectos de higiene e equilíbrio alimentar, onde seguramente, o vinho se enquadra como o complemento ideal de uma refeição.
Dada a dita "crise económica" o sector do vinho tem igualmente vindo a sofrer, por inerência da procura cada vez maior de vinhos de preço mais baixo. Felizmente os produtores têm sabido adequar-se às exigências dos consumidores, no que respeita ao equilíbrio qualitativo dos vinhos, e a descida de preço, não tem sido acompanhada de redução qualitativa.
Ao passarmos junto à secção dos vinhos numa grande superfície ou mesmo até numa garrafeira especializada, podemos encontrar proposta muito, mesmo muito atraente em preço, e que, ao abrirmos as garrafas, nos deparamos com qualidades surpreendentes dos vinhos que contêm.
Longe vai o tempo em que, para se beber um bom vinho se tinha que comprar uma garrafa dispendiosa. Hoje, por alguns euros, poucos, deparamo-nos com vinhos surpreendentes. Veja-se por exemplo em capas de revistas do sector, onde se consideram vinhos brancos e rosados, cada vez melhores e mais leves e por preços de nos deixar de boca aberta.
Longe vai o tempo em que, para se beber um bom vinho se tinha que comprar uma garrafa dispendiosa. Hoje, por alguns euros, poucos, deparamo-nos com vinhos surpreendentes. Veja-se por exemplo em capas de revistas do sector, onde se consideram vinhos brancos e rosados, cada vez melhores e mais leves e por preços de nos deixar de boca aberta.
Não é portanto por razões da nossa bolsa ou de dieta alimentar que nos devemos restringir ao consumo moderado do vinho, antes pelo contrário.
Delicie-se pois com um fresco copo de vinho branco ou rosado, à temperatura adequada, no final de uma tarde de Verão. Acompanhe a sua refeição ligeira ou não com vinho e de preferência fresco. Verá que não será por isso que agride a sua dieta e o seu orçamento. Tornará seguramente a sua refeição mais agradável.
«CRVT/Engº José Gaspar»
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