“Assumimos a responsabilidade de sermos a única verdadeira alternativa política à actual maioria” do PS que lidera desde 1997 a Câmara Municipal de Alpiarça, sublinhou o candidato da CDU, Mário Pereira, durante a apresentação oficial dos cabeças de lista aos órgãos autárquicos do concelho.
“Não dependemos de projectos de poder pessoal, na maioria das vezes desligados dos reais interesses colectivos”, nem “de ideias iluminadas ou de pessoas providenciais”, disse Mário Pereira aos cerca de 100 alpiarcenses que estiveram no pavilhão dos “Águias” no sábado, 21 de Março, a quem pediu coragem para dar iniciar um “novo rumo político”.
Além deste professor de 39 anos, e actual vereador na autarquia, a CDU apresentou também os candidatos à Assembleia Municipal e Junta de Freguesia. Para o primeiro órgão, o cabeça de lista será Mário Raul Santiago, um gestor de empresas de 38 anos, ao passo que, para a Junta de Freguesia, avança Orlando Marques, um profissional de seguros, também de 38 anos.
“Chegou o momento de termos três filhos da mesma geração à frente dos destinos de Alpiarça”, frisou Orlando Marques. “Há 11 anos atrás, os alpiarcenses escolheram uma alternativa. 11 anos depois, ninguém pode dizer que sente orgulho da escolha que fez”, acrescentou Mário Raul Santiago.
As críticas à gestão socialista liderada por Joaquim Rosa do Céu, que abandonou há poucos meses a presidência da Câmara (dando lugar à vice-presidente Vanda Nunes), foram o ponto comum dos três discursos dos candidatos.
Segundo Mário Pereira, desde 1997, “o PS local e os seus eleitos nada fizeram para atenuar ou resolver” os principais problemas do concelho, casos da “intolerável situação de falta de médicos e enfermeiros no centro de saúde”, “a gritante insuficiência de efectivos da GNR” no posto de Alpiarça, a asfixia do pequeno comércio local, dos produtores agrícolas e da pequena indústria, entre outras questões.
O candidato lembrou ainda as “muitas e variadas promessas, feitas com fins eleitoralistas e nunca cumpridas”, casos da recuperação da Vala de Alpiarça, que “está completamente suja e poluída”, a aldeia e praia fluvial do Patacão, a Universidade do Vinho, o novo posto da GNR ou a habitação na zona da Bagageira, entre outros exemplos.
“Mas a marca essencial da gestão PS foi a clara opção pela confrontação, por um ambiente de conflito e crispação social”, acrescentou Mário Pereira, acusando os socialistas de terem procurado “o controlo absoluto e a judicialização da vida política” e a “efectivação de processos judiciais a munícipes e disciplinares a trabalhadores” da autarquia.
É neste contexto que a CDU se assume como “alternativa democrática”, recusando “o autoritarismo e a arrogância, e defendendo a transparência na gestão e o funcionamento colegial dos órgãos”, adiantou o candidato.
«JoãoN.Pepino»
Fotos: Arquivo "JA"/O Ribatejo
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