Ponto de Vista
Por: Sommer
Tem sido notícia até em jornais nacionais a exemplar pena de prisão de um ano e dez meses, com pena suspensa por igual período, por um crime de corrupção passiva para acto ilícito a que foram condenados dois soldados da GNR, em virtude de ter sido dado como provado pelo colectivo de juízes do Tribunal de Almeirim que os guardas no longínquo ano de 2000, na altura colocados no posto da cidade, aceitaram 5 contos para perdoar uma multa a um condutor alcoolizado.
Há uns tempos atrás circulou por aí uma notícia que uma velhota tinha sido condenada a uma pena de prisão por roubar um creme num supermercado e uma freira a pena idêntica por se ter recusado pagar um bilhete de autocarro.
Ontem soubemos que Avelino Ferreira Torres o ex-presidente da Câmara do Marco de Canaveses que vinha acusado de uma série de crimes: corrupção, peculato de uso, abuso de poder e extorsão, foi absolvido de todos os crimes, porque o colectivo de juízes considerou que nenhum dos crimes resultou provado.
Há meses atrás também Fátima Felgueiras depois de andarmos durante anos a assistir a um verdadeiro «Carnaval» de fugas para o Brasil etc etc, foi condenada a uma pena de multa de 40 dias à taxa de 50 euros e a restituir ao Estado 177 euros, além de três anos e três meses de prisão suspensa por igual período e perda de mandato (este último já sem qualquer efeito prático).
Agora é Isaltino Morais presidente da Câmara de Oeiras,que anda a ser julgado por um crime de participação económica em negócio, três de corrupção passiva para acto ilícito, um de branqueamento de capitais, um de abuso de poder e outro de fraude fiscal. O réu tem afirmado à comunicação social que não há provas de nenhum dos crimes de que vem sendo acusado e pede a absolvição. O mais natural é ser ilibado de todos os crimes, porque na dúvida, os tribunais têm de absolver
É evidente que ninguém de bom senso concorda com a corrupção nas forças policiais e todos sabemos que alguns elementos das forças da ordem aceitam dinheiro para fecharem os olhos a certas multas, mas não haverá na justiça à portuguesa vários pesos e várias medidas consoante o tipo de pessoas que se sentam nos bancos dos réus?
Já dizia o meu primo Anselmo que vergonha é roubar e ser apanhado...
É este o meu ponto de vista!
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