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sexta-feira, 20 de março de 2009

Desentendimentos turísticos (ou politicos) ?

Nas palavras do presidente da Entidade Regional de Turismo de Lisboa e Vale do Tejo, Rosa do Céu, a atitude de ruptura manifestada pelo vice-presidente daquela entidade, evidenciada no abandono da reunião em que os dois participavam, não deriva de “cisões na direcção”, mas, antes, resulta de “interpretações diferentes”.

Ou o presidente não conhece o valor semântico da palavra “cisões”, ou optou por proceder similarmente àquele animal muito simpático e de longo pescoço que prefere enterrar a cabeça na areia. Este país não tem emenda e os políticos vão dando um contributo inestimável para que as populações se sintam inclinadas a abjurar as instituições.
A crise económica não pode explicar tanta perturbação no normal funcionamento das instituições e tão pouca sensatez, na forma como se conduz uma simples reunião. Muito provavelmente, se todos conhecessem, em profundidade, o valor semântico da palavra “hierarquia” e se soubessem, exactamente, o seu papel no contexto da referida reunião, não haveria motivos para abandonos precoces, nem ausências mal justificadas nas conferências de imprensa. Alguém de bom senso poderá acreditar na defesa dos valores associados à criação daquela entidade, se, simplesmente, a cúpula não se entende?
Dizer que “as divergências políticas transportam-se para os partidos e para as campanhas eleitorais, nunca para o interior das entidades públicas”, faz-me pensar que os políticos até sabem como devia ser, só que pôr na prática as boas teorias dá um trabalho do arco-da-velha e faz perder aquela masculinidade que um bom macho lusitano gosta de ostentar! Já dizia o humorista: mas quem é o presidente da Junta?
Francisco Gonçalves

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