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sábado, 1 de março de 2014

DESPORTO: Sérgio Santos: “Só organizar megaeventos e ter atletas pelo mundo fará o triatlo crescer"

São de eventos com mais de mil atletas, como o duatlo deste domingo, em Vila Nova de Famalicão, que o triatlo português precisa para que possa dar um salto quantitativo em praticantes, aumentando dessa forma a base de recrutamento para o alto rendimento e seleções nacionais. Esta é a opinião de Sérgio Santos, o mais conceituado e galardoado dos treinadores portugueses, que, em entrevista ao site da FTP, falou de outros assuntos, manifestando o seu apoio à decisão de João Silva em ir treinar para a Nova Zelândia com alguns dos melhores triatletas do mundo. "João Silva é absolutamente excecional", afirmou.
Só há duas formas do triatlo subir patamares. Por um lado, através da prática massificada, com a organização de megaeventos. Por outro, dando aos atletas, que já estão enquadrados no alto rendimento, oportunidades para competirem e fazerem estágios à volta do mundo. Isso é que os estimula e faz crescer, principalmente os juniores e sub-23”, afirmou em entrevista ao site da FTP.
O atual responsável pelo Centro de Estágios, Formação Desportiva e Alto Rendimento de Rio Maior sabe que o caminho não é fácil, pois tudo isto “custa muito dinheiro”, mas acredita ser a única maneira de garantir o crescimento da modalidade e uma geração de atletas de elite, capazes de suceder a Vanessa Fernandes, medalha de prata nos Jogos Olímpicos de 2008, tricampeã mundial e pentacampeã europeia em triatlo, dequem Sérgio Santos, de resto, foi treinador.
Quanto mais a modalidade for conhecida e mais praticantes tiver, maior será também a probabilidade de aparecem novos talentos”, defende, assumindo como determinante a angariação de “parcerias privadas”para a organização dos tais megaeventos.
A federação teria uma intervenção técnica, pois não há quem saiba mais a esse nível, e as entidades privadas poderiam focar-se todo o ano na organização da prova. Por exemplo, em maratonas como a de Chicago ou de Londres, assim que um atleta passa a meta um ano, já os organizadores estão a preparar a edição seguinte.”
No caso do Duatlo de BTT de Vila Nova de Famalicão, que não terá nomes conhecidos, mas muitos praticantes populares, de um nível iniciado e intermédio, o antigo Diretor Técnico Nacional refere que “a especialidade de duatlo, por não ter a natação, é ideal para reunir muita gente, pois chama ao mesmo tempo pessoas do atletismo, do ciclismo, do BTT e também triatletas em preparação”.
"João Silva é absolutamente excecional"
Atualmente, a grande figura do triatlo nacional é João Silva, sobre o qual recaem grandes esperanças para os Jogos Olímpicos do Rio de Janeiro, em 2016. “É um atleta com um nível absolutamente excecional. Poder treinar com atletas do mesmo nível ou superiores a ele, só aumentará a sua exigência, ambição e motivação, uma vez que passarão a ser aqueles atletas as suas referências”, considerou.
 João Silva, sexto do ranking mundial em 2013, está integrado na Nova Zelândia no grupo de trabalho do técnico canadiano Joel Filliol, onde estão atletas como Mario Mola (Espanha) ou Richard Murray (África do Sul), respetivamente terceiro e quinto melhores do mundo.
«FTP»


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