Joaquim Rosa do
Céu foi reeleito, na última sexta-feira, como presidente da Entidade de
Turismo de Lisboa e Vale do Tejo, num acto que parece ter sido pautado
pelo maior "secretismo" até porque, do lado do próprio organismo, não
houve informação pública nesse sentido.
Ainda
assim, sabe-se que a sufrágio só esteve mesmo a lista do antigo
presidente da Câmara Municipal de Alpiarça, acompanhado, agora, pelos
vices Eufrázio Filipe (que já liderou a autarquia do Seixal), José Pinto
Gaspar, Joaquim Almeida e Pedro Breyner. Registo, ainda, para os
suplentes, no caso de Máximo Ferreira, presidente da Câmara Municipal de
Constância, Maria do Céu Albuquerque, responsável pelo município de
Abrantes, e Maria Rosinha, autarca de Vila Franca de Xira.
PSD não gostou desta eleição
- Entretanto, a Distrital do Partido Social Democrata já teceu duras
críticas a este processo eleitoral. Num comunicado distribuído à
imprensa, o PSD classifica este acto como uma «manobra táctica do
Partido Socialista que apenas pretende eternizar nos cargos os seus
militantes". Os sociais-democratas sublinham que o partido «não se revê
em actos inúteis, despesistas, estéreis e, sobretudo, actos que apenas
têm como único objectivo a manutenção de cargos e estatuto», sendo que,
neste particular, são feitas claras críticas a Joaquim Rosa do Céu,
acusado de «não ter provas dadas na área do turismo». Eis, na integra, o
comunicado do PSD: «Realizaram-se, na passada sexta-feira, as eleições
para os órgãos sociais da Entidade Regional de Turismo de Lisboa e Vale
do Tejo, onde apenas se apresentou a sufrágio uma lista, encabeçada,
para a direção, pelo militante socialista e ex-presidente da Câmara
Municipal de Alpiarça, o aposentado Joaquim Rosa do Céu. A Comissão
Política Distrital do PSD de Santarém manifesta o seu repúdio por esta
manobra tática do Partido Socialista, a qual apenas pretende eternizar
nos cargos os militantes daqueles partidos, como é caso paradigmático o
de Joaquim Rosa do Céu, que apesar de reformado e com ausência de
trabalho realizado, no último mandato, na defesa da identidade da nossa
região, e bem sabendo que existe já aprovada em Conselho de Ministros
uma Proposta de Lei que altera o Regime Jurídico das ERT e,
consequentemente, os métodos de eleição dos órgãos, não se inibiu, fruto
da sua ambição desmedida, de desencadear um processo eleitoral ao
abrigo da Lei, que embora vigente, tem morte anunciada a muito breve
prazo. O PSD não se revê em atos inúteis, despesistas, estéreis e,
sobretudo, actos que apenas têm como único objetivo a manutenção de
cargos e estatuto, com a eternização no poder de pessoas que não têm
provas dadas na área do turismo e que nunca podem servir os interesses
da região e do país. O desconhecimento que a maioria dos agentes
diretamente envolvidos tinha sobre este processo é indiciador do não
envolvimento dos órgãos políticos autárquicos nas decisões, que se
impunha. Apenas a manutenção dos lugares pode justificar que uma parte
significativa dos autarcas de toda a ampla região, desde o PSD ao PCP, e
até passando pelo PS, tenha sido mantida fora das orientações e
decisões da ERT. O PSD promoverá a discussão da Proposta de Lei e está
focalizado na dinamização da área do turismo, como motor para o
desenvolvimento regional e nacional, quer na perspetiva económica, quer
na social e cultural.
«Rádio Hertz»
Sem comentários:
Enviar um comentário