Jerónimo de Sousa afirmou que há um "elemento novo na
política portuguesa" hoje que é a convergência de largos sectores da
população em torno da contestação à política do Governo PSD/CDS-PP,
juntando, nas manifestações "muita gente do PS, do PSD" e "até do CDS"
bem como movimento sociais e pessoas sem partido.
Em entrevista à Agência Lusa, a propósito do XIX Congresso do
PCP, que se realiza entre sexta-feira e domingo, em Almada, Jerónimo de
Sousa disse que o partido propõe uma "alternativa política" e um
"governo patriótico e de esquerda" capaz de a executar e afirmou que
isso "está em construção", fruto da "luta de massas" onde convergem
sectores que até ao momento estavam "neutros ou neutralizados" pela
"ideologia das inevitabilidades".
"Eu estou na Assembleia da República há muitos anos e ver aqui
manifestações de empresários da restauração, ver manifestações dos
farmacêuticos, ver manifestações de profissionais das forças de
segurança, ver manifestações de militares descontentes, (...) os
chamados movimentos inorgânicos, a par da luta do movimento sindical
(...) isto são elementos novos", destacou.
O líder comunista defendeu que as manifestações e as greves
gerais do último ano tiveram como consequência uma mudança de atitude do
Governo que "há um ano estava pujante, arrogante e convencido da
intocabilidade" e hoje já "perdeu a base social de apoio".
Jerónimo de Sousa considerou no entanto que existe neste
momento uma "discrepância" entre "a participação e envolvimento que é
transversal em quase todos os partidos" e a concretização de uma aliança
política.
"Essa convergência está alargando-se mas a aliança das forças
políticas ainda não se verifica", disse, acrescentando que "isso é uma
contradição que um dia vai ser resolvida".
Um "governo patriótico e de esquerda" como propõe o PCP supõe
"uma rotura com a política de direita" e questionou se o PS estará
"nessa disposição" tendo em conta "os seus compromissos, os seus
amarramentos".
"Não dá para estar em cima do muro. O PS tem que se definir em
relação a esta questão central. O memorando da `troika´ é preciso em
relação a malfeitorias, em relação a conteúdos. Não se pode ter uma
posição equívoca. Era uma clarificação importante no plano político que o
PS pudesse fazer. Não se pode manter em cima do muro", criticou.
«NM»
8 comentários:
Francisco Faria: Este senhor também deve querer poleiro! Então ele não sabe que em relação as eleições dos anos 70 já perdeu 255% do eleitorado??? Não sabe onde o PCP é poder autárquico existem muitos casos de corrupção??? Não sabe que a primeira entrada do FMI em Portugal foi em 1977 devido à desastrosa política do PREC??? Comunismo não é política alternativa para Portugal. Governo patriótico... então isso de pátria não é coisa de fascistas??? Ou quer um país fascista de esquerda? Até porque políticas fascistas e comunistas são ambas totalitárias!
(Daq nossa página do Facebook)
Casos de corrupção? Enganou-se no partido, este senhor! Aponte um caso, um único que seja! Não basta lançar coisas sem nexo para o ar. Já de outros partidos, se quiser falar em casos de corrupção, existem "às pargas" por esse país fora! É preciso ter muita falta de honestidade intelectual ...
Fica então o ultimo escandalo do autarca do Seixal, não vou colocar aqui todos senão ficaria aqui o dia todo. Só tenho pena que não conheça a realidade deste partido. Autarca do PCP pode devolver 400 mil euros ao Estado. http://www.dn.pt/inicio/portugal/interior.aspx?content_id=1356346&seccao=Sul
Há uns anos havia 2 presidentes de câmaras da cintura industrial de Lisboa que 'dizia-se' por cada prédio construído, esperava-o um andar.
Má língua do povo certamente...
Comunismo e corrupção sempre andaram de mãos dadas.
Falemos então da Fátima Felgueiras, do Isaltino Morais, do Avelino Ferreira Torres, do Macário Correia, querem mais? De que partidos são?
A corrupção não escolhe partidos. Da esquerda à direita há muita gente séria, mas também alguns corruptos.
Agravando a situação os partidos funcionam como matilhas de hienas que em vez de expulsar os maus elementos, na maioria das vezes protegem-nos enquanto podem.
A Fátima Felgueiras e os outros corruptos são de partidos de direita que conjuntamente com a esquerda fazem as duas faces da mesma moeda e são a escória que governa Portugal desde o dia 25 de Abril.
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