.

.

.

.

terça-feira, 2 de dezembro de 2014

Caso Sócrates "vai durar até às eleições"


O antigo deputado e ex-ministro socialista João Cravinho considera que seria "ingénuo" pensar que o caso Sócrates não vai durar até às eleições e "ter um pico" nas legislativas.
Em entrevista à Renascença, João Cravinho antevê que os próximos meses sejam marcados por “fugas de informação” e decisões tomadas em “timings” específicos. Entende, por isso, que só por “ingenuidade” se pode pensar que o caso que envolve o ex-primeiro-ministro não vai durar até ao próximo acto eleitoral.
Cravinho admite “que o assunto preocupa toda a gente, tem um impacto nacional, incluindo no PS e nos militantes socialistas", mas recusa-se a “politizar” o caso e referiu que “não é com medidas avulsas, ligadas de forma directa ao caso, que se combate a corrupção”. 
O militante socialista propõe uma nova lei de acesso a documentos oficiais que chegue mesmo a punir com prisão quem os classifique de forma indevida. 
“Entre as primeiras prioridades, coloco uma verdadeira lei de liberdade de acesso à informação, que punisse entre, outras coisas, os vetos de gaveta. Existem muitos e são um verdadeiro atentado à democracia. Mas que punisse também o abuso absolutamente injustificado da defesa da confidencialidade como defesa do Estado", afirma.
"A confidencialidade existe, é necessária, mas está regulada por lei. Qualquer individuo que é director geral ou semelhante às vezes arroga-se no direito de fazer ele próprio a classificação de documentos. Para um individuo desses, prisão", acrescenta João Cravinho. 

Sem comentários: