ApeApesar das hesitações, Rui Tavares lançou mesmo um
novo partido. O LIVRE volta a reunir-se em Dezembro para elaborar os seus
estatutos
No meio da esquerda, quer os partido de esquerda
gostem ou não, está a nascer uma nova força. O LIVRE, tem como fundamentos a
liberdade, a esquerda, a Europa e a ecologia e é encabeçado por Rui Tavares. O
eurodeputado, após meses de relutância com o termo partido, quebrou o tabu e
assumiu no sábado o seu projecto para uma nova força partidária. O LIVRE vai
ter eleições primárias, quer acabar com a "política por convite",
travar uma possível aliança PS-PSD nas legislativas de 2015 e aprofundar a construção
europeia. Para já, à voz de Tavares, juntaram-se ex-militantes e militantes
descontentes do PS e do Bloco de Esquerda que prometem angariar as 7500
assinaturas necessárias para tornar este partido numa realidade.
"Vem para o lançamento do novo partido?" era
a pergunta que alguns jovens, pertencentes à organização e que tinham ao peito
a imagem de uma papoila (símbolo do LIVRE), faziam a quem ia chegando ao Hotel
Borges no Chiado - o hotel revelou-se demasiado pequeno e o encontro foi mudado
para o Teatro S. Luíz. Ficava-se logo ali a saber que na reunião marcada por
Rui Tavares para juntar em Lisboa todos que tal como ele não se revêem na
actuação dos partidos à esquerda, não se ia falar de forma teórica sobre
"uma plataforma de convergências", um "espaço de debate à
esquerda" ou uma "coisa". Afinal, e depois de meses de
especulação, Rui Tavares estava mesmo a lançar um partido, o LIVRE.
COMO SE FAZ UM
PARTIDO À espera dos participantes, encontrava-se já a Declaração de Princípios
distribuída juntamente com uma ficha de pré-filiação e outros detalhes como
site e o e-mail da organização. Rui Tavares explicou aos presentes que todo
este trabalho de preparação foi realizado nas duas semanas que antecederam o
encontro, com a ajuda do núcleo duro do Manifesto para Uma Esquerda Livre, uma
iniciativa que no ano passado pediu à esquerda para se
"desentrincheirar" a bem do futuro do país e contou com o apoio de
figuras de relevo da vida política portuguesa.
"Tentámos de tudo para que a esquerda se
entendesse e se começasse a construir uma política alternativa para o país.
«i«
Sem comentários:
Enviar um comentário