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terça-feira, 19 de novembro de 2013

LIVRE. Nasceu o partido que quer ficar no meio da esquerda

ApeApesar das hesitações, Rui Tavares lançou mesmo um novo partido. O LIVRE volta a reunir-se em Dezembro para elaborar os seus estatutos
No meio da esquerda, quer os partido de esquerda gostem ou não, está a nascer uma nova força. O LIVRE, tem como fundamentos a liberdade, a esquerda, a Europa e a ecologia e é encabeçado por Rui Tavares. O eurodeputado, após meses de relutância com o termo partido, quebrou o tabu e assumiu no sábado o seu projecto para uma nova força partidária. O LIVRE vai ter eleições primárias, quer acabar com a "política por convite", travar uma possível aliança PS-PSD nas legislativas de 2015 e aprofundar a construção europeia. Para já, à voz de Tavares, juntaram-se ex-militantes e militantes descontentes do PS e do Bloco de Esquerda que prometem angariar as 7500 assinaturas necessárias para tornar este partido numa realidade.
"Vem para o lançamento do novo partido?" era a pergunta que alguns jovens, pertencentes à organização e que tinham ao peito a imagem de uma papoila (símbolo do LIVRE), faziam a quem ia chegando ao Hotel Borges no Chiado - o hotel revelou-se demasiado pequeno e o encontro foi mudado para o Teatro S. Luíz. Ficava-se logo ali a saber que na reunião marcada por Rui Tavares para juntar em Lisboa todos que tal como ele não se revêem na actuação dos partidos à esquerda, não se ia falar de forma teórica sobre "uma plataforma de convergências", um "espaço de debate à esquerda" ou uma "coisa". Afinal, e depois de meses de especulação, Rui Tavares estava mesmo a lançar um partido, o LIVRE.
COMO SE FAZ UM PARTIDO À espera dos participantes, encontrava-se já a Declaração de Princípios distribuída juntamente com uma ficha de pré-filiação e outros detalhes como site e o e-mail da organização. Rui Tavares explicou aos presentes que todo este trabalho de preparação foi realizado nas duas semanas que antecederam o encontro, com a ajuda do núcleo duro do Manifesto para Uma Esquerda Livre, uma iniciativa que no ano passado pediu à esquerda para se "desentrincheirar" a bem do futuro do país e contou com o apoio de figuras de relevo da vida política portuguesa.
"Tentámos de tudo para que a esquerda se entendesse e se começasse a construir uma política alternativa para o país.
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