Há
uma coisa que eu ainda não consegui perceber. A que utentes se destina o campo
de futebol no Casalinho? Aos de Alpiarça (vila), que deixarão de jogar nos espaços
disponíveis para tal e se vão deslocar ao Casalinho para amenas tardes ou
noites de futebol? Ou há no Casalinho jovens nos diversos escalões etários em
número suficiente (e adeptos da prática deste desporto) que justifique esta
obra? Penso que jovens de 20 anos não jogam com outros de 10 e assim
sucessivamente para as diferentes idades. E penso que não estou errado. Quantos
jovens, digamos entre os 8 e os 30 anos há no Casalinho? E do sexo masculino,
porque não deve haver muitas jovens interessadas em jogar futebol...
Também
penso que o Casalinho merece algumas melhorias nos seus espaços de lazer. Não
há alternativas? Mais espaços verdes, um jardim, uma sala de convívio com
condições, por exemplo.
Quanto
ao parque de caravanas proposto pelo vereador da oposição não me parece
descabido e não creio que a ideia fosse situá-lo no Casalinho. Já vi, por
diversas vezes, de manhã quando me desloco para Almeirim, caravanas que
pernoitaram junto à barragem. Se tivessem um espaço condigno e uma vez que este
é um segmento de turismo que atrai cada vez mais pessoas, certamente poderiam
permanecer mais tempo em Alpiarça e constituir uma mais valia para o incremento
turístico. E isso é uma coisa de relativamente poucos custos, não precisa de
financiamentos comunitários.
E, já
que estou a opinar, deixem-me dizer que estou espantado com a defesa do Sr.
Presidente no que respeita às Águas do Ribatejo. Para quem tão veementemente se
opôs e, ainda no início do anterior mandato, tão acerrimamente criticava a
entrega das águas de Alpiarça a esta empresa, facilmente se convenceu de que,
afinal, nem tudo o que os outros fizeram foi mal feito. Não que eu concorde com
este aumento disparatado e injustificável. Considero é que é uma grande falta
de coerência o Dr. Mário Pereira não ter votado contra, em sede própria. Agora
não tinha de se sujeitar a ser enxovalhado e muito menos a ter de vir com
explicações demagógicas e descabidas.
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