A ministra da Saúde, Ana Jorge, (na foto) quer, por uma questão de “contenção de custos” que começamos a ir menos vezes ao médico e quando tivermos necessidade de assistência que devamos pensar «duas vezes antes de decidirmos ir a uma consulta médica, porque nem sempre é preciso ser consultado por um médico» como se o cidadão comum tenha que saber ou conhecer o sintoma de uma doença para que não ir a «uma consulta».
Talvez o melhor que a ministra tenha de fazer é criar uma norma para que as crianças aprendam nos bancos da escola todos os sintomas de doenças para quando forem crescidos saibam quando ir ou não a um médico.
Esta “infeliz” afirmação causou um forte movimento de constatações ao ponto da própria “Ordem dos Médicos” culpabilizar a «incapacidade de resposta do SNS».
Por sua vez o porta-voz do Movimento de Utentes dos Serviços de Saúde (MUSS), Carlos Braga, considerou «infelizes as afirmações da ministra da Saúde, Ana Jorge, segundo a qual os «portugueses recorrem a demasiadas consultas médicas».
Não há ninguém que recorra a um serviço de saúde por prazer ou por satisfação. Há muitos que não tem condições de recorrer ao Serviço Nacional de Saúde.
Esta necessidade governamental de querer diminuir há custas das pessoas para reduzir as despesas são de tal forma desajustadas da realidade uma vez que a responsável pela Saúde deve desconhecer as longas horas de espera.
Como se o pagamento das “taxas moderadoras" e as longas distâncias que os utentes muitas vezes têm de percorrer para aceder a uma consulta médica fosse feito por capricho de quem precisa.
«As pessoas quando recorrem a uma consulta é porque sentem necessidade de recorrer ao serviço de saúde"» defendeu o porta-voz do MUSS.
Muitos cidadãos sabem lá onde é que poderão ir para terem um contacto com um enfermeiro ou com um médico.
Não são com estas infelizes saídas de Ana Jorge que a saúde melhora no país. Não nos basta já a falta de médicos quanto mais agora evitarmos de ir ao médico.
Por: António Centeio
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