Os funcionários públicos e os pensionistas que
ganhem mais de 600 euros brutos por mês vão receber o subsídio de Natal
em 2013, mas continuarão com o subsídio de férias suspenso, segundo
prevê a proposta negocial que o Governo entregou ontem aos sindicatos da
Função Pública. Mas há mais mudanças a caminho: no próximo ano toda a
administração pública (incluindo Estado, autarquias e empresas públicas)
terá de reduzir pelo menos 50% os contratos a prazo, o que põe em risco
quase 50 mil pessoas.
O Governo já tinha sinalizado que uma
parte da redução dos funcionários públicos seria feita em 2013 através
da não renovação dos contratos a prazo, mas só agora quantificou a
medida, estipulando que até ao dia "31 de dezembro de 2013 os serviços e
organismos das administrações direta e indireta do Estado, regionais e
autárquicos reduzem no mínimo em 50% o número de trabalhadores com
contrato a prazo" ou com nomeação transitória existentes no final de
2012.
Entre administração central e entidades públicas
empresariais existiam, em junho, cerca de 85 mil contratos a prazo,
sendo que a estes há ainda que somar os das autarquias e dos serviços
regionais. Em causa está, por isso, o despedimento de quase 50 mil
pessoas. No caso das autarquias, a proposta prevê ainda que as que não
cumprirem esta disposição e não observarem ainda a regra geral de
redução dos efetivos em 2%, serão penalizadas, sendo o valor que paguem a
mais nos salários descontados nas transferências que recebem do
Orçamento do Estado.
DV
DV
Sem comentários:
Enviar um comentário