Por: Ricardo Hipólito |
Quem já leu o livro autobiográfico de Chico Galiza (ou, então, que conhece a sua pessoa) sabe quão difícil foi convencê-lo a relatar o seu (parte e mais importante) percurso político. Direi mesmo, a relatar as suas façanhas.
É um homem de uma profunda humildade. Por isso achava (acha) que tudo o que fez foi o que deveria ser feito. Acreditava (acredita) profundamente naquilo que fazia e para o que o fazia.
Mas foi um homem que, com a sua companheira Manuela e também com a sua filha Noémia, passou verdadeiramente as “passas do Algarve”. Por uma causa.
Por isso, entende que a sua contribuição era mais uma das muitas para essa nobre causa, não sendo merecedora de destaques.
Em boa hora resolveu contar-nos parte da sua vida política.
Entretanto, são já vários os testemunhos de leitores da sua obra que me chegaram. Quase todos são unânimes em dizerem que acharam o livro muito interessante e que, avidamente, procederam à sua leitura.
E desses testemunhos há aqueles proferidos por pessoas que politicamente não estão na área política da do autor, do PCP (há até quem dele fuja a sete pés). Mas todos, todos os testemunhos me revelaram uma coisa: a profunda admiração por aquele homem, por aquela família.
Admiração pela postura de um homem, de Homens, que acredita(m) em Causas e que por elas lutam de uma forma profundamente desinteressada. E sublinho, admiração vinda de pessoas que nada têm a ver politicamente com os ideais de Chico Galiza.
E assim sendo, parabéns Galiza. Tu que, ao não quereres as luzes da ribalta, querias – com o teu testemunho – apenas transmitir Valores (porque há quem dê a sua vida por Valores), conseguiste-o. As reacções estão aí.
E assim sendo, parabéns Galiza. Tu que, ao não quereres as luzes da ribalta, querias – com o teu testemunho – apenas transmitir Valores (porque há quem dê a sua vida por Valores), conseguiste-o. As reacções estão aí.
E (como nunca me cansarei de o dizer) obrigado por tudo o que (e outros, muitos, como tu) fizeste.
E no próximo dia 11 de Janeiro, a meio da tarde, vamos estar contigo na Biblioteca de Alpiarça.
(Para breve também a vida de Manuel Colhe contada na primeira pessoa)