A ministra da Agricultura (foto) disse que vão
existir contraordenações «muitíssimo elevadas» para a distribuição e que os
descontos deixarão de ser feitos à custa dos produtores.
«Creio que o consumidor pode ficar tranquilo,
poderá beneficiar de promoções, que existirão sempre. Estas promoções têm que
ser feitos numa lógica de política comercial e de 'marketing' das empresas que
os fazem e não numa lógica de repercutir para trás, às vezes de forma
retroativa, sobre a produção, aquilo que são descontos que não foram
inicialmente acordados», afirmou Assunção Cristas.
A ministra que falava aos jornalistas, no
Parlamento, confirmava uma notícia avançada pelo Jornal de Negócios, segundo a
qual o Conselho de Ministros vai aprovar na próxima quarta-feira um novo
diploma para travar as práticas abusivas e limitar as promoções no comércio,
com o objetivo de zelar por uma relação «mais equilibrada» entre a produção e a
indústria e distribuição.
Assunção Cristas explicou que este processo
legislativo iniciou-se no âmbito da PARCA (plataforma para o acompanhamento das
relações da cadeia agroalimentar), e «visa clarificar as situações de práticas
abusivas, proibidas, naquilo que é a relação entre a distribuição, a indústria
e a produção».«O que é uma venda com prejuízo fica muito clarificado»,
exemplificou a ministra, afirmando que, «mesmo quando há descontos diferidos no
tempo, vão poder ser contabilizados, para se saber se há uma pratica de venda
com prejuízo».
Por outro lado, deixa de ser possível «a meio de
um contrato com eficácia retroativa alterar os valores que tenham sido
acordados pelas duas partes», acrescentou.
«As contraordenações são muitíssimo elevadas e
passam a ser aplicadas pela ASAE (Autoridade de Segurança Alimentar e
Económica)", explicitou a ministra, ressalvando que «os valores são
ajustados à capacidade financeira das empresas que prevaricam», conforme sejam
pessoas singulares, pequenas, médias ou grandes empresas.
A ministra não especificou os valores das
contraordenações.
Assunção Cristas referiu ainda que há uma
diferenciação para o setor agroalimentar para as micro e pequenas empresas,
organizações de produtores e cooperativas, «que têm cláusulas financeiras e
situações identificadas como totalmente proibidas porque são aquelas que foram
identificadas na PARCA como as áreas onde há um maior desequilíbrio negocial
entre a produção, a indústria e a distribuição, relativamente às quais a lei
tem que intervir para regular e proteger».
A ministra sublinhou que este foi «um diploma
muito trabalhado e discutido entre todos os setores», saiu «de um processo
muito concertado», não constituindo «surpresa» nem para a indústria, nem para a
distribuição nem para a produção.
«TSF»
2 comentários:
SEXTA-FEIRA, 01-11-2013,
Orçamento do Estado para 2014 aprovado pela maioria dos seus votos. Continuem a votar contra vós mesmo.
A proposta do Orçamento do Estado para 2013, apresentada pelo Governo, foi aprovada esta sexta-feira, na generalidade, na Assembleia da República.
O OE 2014 foi aprovado na generalidade pela maioria parlamentar PSD/CDS-PP, tendo recebido os votos contra das bancadas do PS, PCP, Bloco de Esquerda e Os Verdes.
O deputado Rui Barreto, do CDS-PP, votou contra a proposta do OE2014, à semelhança de toda oposição, enquanto o social-democrata Guilherme Silva e o centrista Ribeiro e Castro apresentaram declarações de voto.
A proposta baixa agora à especialidade e será votada na especialidade no próximo dia 26 de novembro.
Notícia atualizada às 13.37 horas 1 - 01-11-2013 Mario F.P. Leal Brasil pela internet.
É Verdade a maioria dos portugueses estão de parabéns, votaram o orçamento de Estado para 2014
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