Apesar de a economia paralela estar a descer, a Autoridade Tributária Aduaneira (AT) vai aumentar para quase o dobro o número de inspectores tributários. A informação foi avançada pelo secretário de Estados dos Assuntos Fiscais, Paulo Núncio, em entrevista à Bloomberg.
Até ao final deste ano, o número de inspectores da AT vai passar dos actuais 1.700 para 3.000, avança hoje à Bloomberg o secretário de Estados dos Assuntos Fiscais, Paulo Núncio, explicando que esta contratação na Função Pública se trata de um “caso especial” no sentido de reforçar o combate à economia paralela no País.
O mesmo consta na proposta do Orçamento do Estado entregue na Assembleia da República: “No início de 2014 estarão também em funções 1.000 novos inspectores tributários, que reforçarão as actividades inspectivas da AT. Com o finalizar deste processo, cerca de 30% dos efectivos da AT estarão afectos à inspecção, o que coloca a administração fiscal portuguesa a par das melhores práticas internacionais”.
Além do reforço de inspectores, refere o Jornal de Negócios, o Governo pretende ainda implementar a facturação electrónica em todos os negócios.
Paulo Núncio destaca a importância deste reforço já que, caso contrário, “as receitas fiscais em Portugal não estariam a subir desta forma”.
O professor da universidade austríaca de Johannes Kepler, Friedrich Schneider, citado pela Bloomberg, estima que o peso da economia paralela no PIB português baixará de 19,4% em 2012 para 19% em 2013.
«NM»
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