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quinta-feira, 4 de julho de 2013

Segurança Social reforça compra de dívida pública até 90%



 O Fundo de Estabilização Financeira da Segurança Social (FEFSS) vai substituir os activos em outros estados da OCDE por dívida pública portuguesa, até ao limite de 90% da carteira. Esta alteração consta de uma portaria publicada ontem em Diário da República e vai ao encontro de uma notícia divulgada em Maio pelo Diário Económico.
"O conselho directivo do Instituto de Gestão de Fundos de Capitalização da Segurança Social, IP, procede à substituição dos activos em outros Estados da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Económico (OCDE) por dívida pública portuguesa até ao limite de 90% da carteira de activos do Fundo de Estabilização Financeira da Segurança Social", lê-se na portaria. Os resultados desta política de investimento serão reavaliados até ao final de 2015.
O FEFSS é uma espécie de mealheiro para o pagamento de pensões e pretende acumular reservas que garantam dois anos de reformas.
"Actualmente, 55% da carteira do FEFSS está investida em dívida pública portuguesa e 25% em dívida pública de outros Estados da OCDE. Existe ainda uma parcela de 17% investida em acções de empresas estrangeiras", refere a portaria.
Mas "nas actuais condições, os mercados de dívida pública dos Estados membros da OCDE apresentam níveis de taxas de juro particularmente deprimidos pelos efeitos das políticas monetárias recentemente conduzidas pelas autoridades dos Estados com maior representatividade nos mercados de dívida", o que "representa uma diminuição das oportunidades de rendibilidade futura para o FEFSS e um risco acrescido de desvalorização dos investimentos".
Por outro lado, acrescenta a publicação, no âmbito do programa de assistência financeira a Portugal, "os pressupostos considerados na análise de sustentabilidade da dívida pública assumem a alienação de activos sobre o estrangeiro da carteira do FEFSS e a respectiva conversão em dívida pública portuguesa".
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