Área de milho aumenta em Portugal, num ano marcado pela acentuada e crescente volatilidade das cotações dos cereais no mercado mundial
Segundo os dados provisórios do IFAP, a que a ANPROMIS teve recentemente acesso, a área cultivada com milho para grão registou em Portugal, face a 2012, um aumento de 7%, passando de 94.784ha para os actuais 101.766ha.
Este aumento reflecte, de forma inequívoca, o significativo esforço de investimento efectuado pelos produtores nacionais de milho, num ambiente de elevadas restrições financeiras e confirma o milho como a cultura arvense com maior expressão em Portugal, ocupando cerca de 40% da área total de cereais.
Analisado com maior pormenor o aumento da área de milho no nosso país, semearam-se este ano 146.719ha, dos quais 101.766ha correspondem a milho para grão e 44.953ha de milho para silagem. Por região, o maior aumento de área do milho grão verificou-se no Alentejo (+4.541ha), nomeadamente na zona de Alqueva, seguindo-se-lhe a região de Lisboa e Vale do Tejo (+3.311ha).
De realçar ainda, que no espaço de três campanhas agrícolas, a área nacional de milho (grão e silagem) aumentou 9.307ha, a que corresponde um acréscimo de 14.031ha no caso do milho para grão e a uma redução de 4.724ha no caso do milho para silagem, a que não é alheia a crise que atravessa o sector leiteiro nacional.
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Arroz
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Aveia
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Centeio
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Cevada
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Milho p/Grão
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Milho
p/Silagem*
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Sorgo
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Trigos
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Triticale
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Total Cereais
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2011
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31.213
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67.686
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15.412
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16.213
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87.735
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49.677
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6.173
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39.546
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22.717
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336.372
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2012**
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30.965
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62.557
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15.712
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17.516
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94.784
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**
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7.233
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50.693
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30.596
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**
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2013*
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30.112
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68.679
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17.932
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17.297
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101.766
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44.953
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4.167
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43.833
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30.931
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359.670
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Fonte: IFAP/DRACA
(*dados provisórios)
Em relação ao desenvolvimento da cultura, cabe-nos recordar que as condições climatéricas bastante adversas que se fizeram sentir durante esta primavera (precipitação abundante e temperaturas reduzidas), dificultaram não só as sementeiras do milho em vastas áreas do nosso território, como condicionaram consideravelmente o normal desenvolvimento de inúmeras searas de Norte a Sul do país.
Segundo Luís Vasconcellos e Souza, Presidente da ANPROMIS, “as ultimas três campanhas foram sem dúvida positivas para quem apostou nesta cultura. Os resultados obtidos em 2011 e 2012, constituíram uma clara prova do interesse determinante que a cultura do milho tem para os agricultores portugueses e para a economia nacional”.
“Apesar da habitual e acentuada volatilidade dos preços que caracteriza o mercado mundial de cereais, a verdade é que os nossos produtores têm-se revelado cada vez mais competitivos e capazes de responder às necessidades do mercado. A comprová-lo está o cultivo do milho em novas áreas de regadio como Alqueva, que é hoje em dia uma realidade, e que traduz a capacidade de investimento e de afirmação dos produtores nacionais de milho, numa altura de grandes restrições financeiras”, acrescenta Luis Vasconcellos e Souza.
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