Discurso integral de Mário Santiago candidato a presidente da Assembleia Municipal pelo movimento 'Todos Por Alpiarça'
Caro Benjamim Gonçalves Monteiro, mandatário desta candidatura
Á Rita e ao Pedro, como mandatários da juventude,
Amigos, Companheiros e Convidados,
Muito boa tarde,
Estarmos aqui, no Largo do Águias, num sábado à tarde a ouvir uns
discursos proferidos por políticos ou candidatos a políticos, poderia
ser o mote para terem optado por outro programa qualquer. É assim gratificante
ver-vos aqui, considerando que assim, se interessam pelos motivos que
nos fazem estar aqui e aquilo que poderão esperar de mim neste novo
projecto. Por isso mesmo, o meu muito obrigado.
Quero começar por responder à questão que me foi colocada várias
vezes nos últimos dias: Obviamente que estaria muito mais confortável
sem me envolver e ficar num papel de mero observador e confesso que
estive próximo, digo mesmo, muito próximo dessa escolha. Afinal, não
sendo um político de carreira e depois de concorrer pela primeira vez
há 4 anos e ter sido logo Presidente da Assembleia Municipal, saindo
sem rabos-de-palha, mantendo-me fiel aos meus ideais e princípios;
ganhar tempo para retomar tanta coisa que por falta de tempo deixei
de fazer, era uma saída quase irresistível.
Mas a conjugação de dois factores, fizeram-me ponderar na minha
decisão:
PRIMEIRO - Saber que se ficasse de fora, e depois daquilo que observei
nesta minha curta experiencia de 4 anos, e particularmente nos últimos
meses, não poderia combater o abuso de poder que tanto foi criticado
no passado e que agora ressurge de uma forma que eu julgava não voltar
a ver.
SEGUNDO – As muitas conversas que tive com o Francisco Cunha e que
me permitiram construir uma sólida opinião sobre a viabilidade politica
deste movimento, como sendo o único com recursos para ser diferenciador
perante aquilo que hoje, e infelizmente tem assumido proporções desmesuradas,
e que se relaciona com a partidarização e politização de Alpiarça.
E tudo se poderia resumir à repetição de um parágrafo do meu discurso
de há 4 anos quando pela primeira vez me candidatei à condição de
cabeça-de-lista à Assembleia Municipal de Alpiarça, e que mais uma
vez sublinho:
“Da minha parte, tudo
farei para que a Assembleia Municipal seja uma verdadeira representação
dos munícipes, e que a vontade destes se sobreponha a qualquer interesse
particular ou partidário. ALPIARÇA não pode ser refém de meia dúzia de pessoas contra
os interesses de uma comunidade de mais de 8.000 residentes.”
Foi isto que proferi nessa altura e que agora
repito perante vós. Estou convicto e determinado para continuar a contribuir que 8.000 alpiarcenses não continuem reféns
de meia dúzia que estão mais preocupados com os interesses dos seus
partidos do que as necessidades dos seus munícipes.
Não venho aqui perante vós, com a retórica habitual dos políticos,
nomeadamente prometer aquilo que não posso cumprir, mas venho perante
vós reafirmar que terei a mesma postura que tive nestes 4 anos, e sempre
como linhas orientadoras, a seriedade e respeito pelos VALORES FUNDAMENTAIS
que caracterizaram a minha educação desde pequeno.
Sou daqueles que acredita que ainda existem pessoas disponíveis com
VALORES, ATITUDES E PADRÕES DE COMPORTAMENTO diferentes dos outros
que pelas mais variadíssimas razões, e na cena política local, já
estão completamente desacreditados.
Apresentei uma condição quando me convidaram para este novo projecto:
Nunca me condicionarem na defesa dos meus valores. E vindo de quem veio
o convite, do FRANCISCO CUNHA, não me surpreendeu a resposta, porque
de uma forma ou de outra, partilhamos as mesmas ideias, posturas e temos
uma visão comum daquilo que gostaríamos que fosse Alpiarça.
Assim como há 4 anos atrás, quando quisemos experimentar uma
alternativa, também agora é óbvio que essa alternativa não é aquela
que mais serve os interesses dos alpiarcenses.
Neste ciclo de 4 anos de experiencia autárquica enquanto
presidente da Assembleia Municipal, parto para este novo projecto, sem
incertezas ou retóricas da praxe. Parto com a convicção, e baseado
naquilo que conheço relativamente às alternativas, que este é o único
projecto autárquico que demonstra capacidade para recolocar Alpiarça
no caminho do desenvolvimento.
E a população sabe, mesmo com todo o ruído e histórias que tentam
mascarar a verdade, que a minha postura e de outros que também se encontram
neste projecto, foi sempre de defender os interesses da população
e não agradar a um suposto colectivo que não funciona e que deveria,
SIM, estar fundamentalmente preocupado com os alpiarcenses. Sei que
algumas posições que tomei criaram rupturas de relacionamento, mas
foram posições que sendo do conhecimento público, se traduziram em
efectivas e inquestionáveis vantagens económicas para os munícipes. Tenciono
manter esta mesma postura de defesa dos alpiarcenses neste novo projecto
e para isso conto convosco.
Quando o discurso politico neste ciclo de 4 anos que agora termina,
se resumiu essencialmente à discussão sobre quem fez o quê num passado
já distante, não havendo um único debate construtivo sobre aquilo
que deveria ser o futuro de Alpiarça, está claro que não podemos
ficar à mercê de quem adora um livro de memórias ao invés de planear
e construir o futuro do nosso concelho.
Há que garantir que a Assembleia Municipal, além das suas competências
deliberativas e de fiscalização, continue a ser a VOZ DA POPULAÇAO
DE ALPIARÇA e onde esta continue a ser defendida em primeiro lugar,
e evitar que passe a ser apenas uma RÉPLICA daquilo que os partidos
políticos já antecipadamente decidiram, sem sequer avaliarem devidamente
os interesses da população que os elegeu.
SEJA UM PRESIDENTE DE CÂMARA, SEJA UM PRESIDENTE DE JUNTA DE FREGUESIA,
SEJA UM PRESIDENTE DA ASSEMBLEIA MUNICIPAL, deverão respeitar a vontade
popular e não aquela que é decidida dentro de gabinetes das sedes
partidárias.
Embora tenhamos o apoio de partidos, esta é uma candidatura genuinamente
independente. Temos candidatos vindos dos mais variados quadrantes políticos
e outros que numa óptica de livre pensamento ideológico, apenas têm
como principal objectivo defender a vontade dos alpiarcenses.
Eu não quero que Alpiarça seja apenas a nossa terra. Quero que Alpiarça
seja também a terra dos nossos filhos e filhos dos nossos filhos. E
para que isso seja possível, só com o contributo de quem não depende
dos partidos. Só com o contributo de genuínos alpiarcenses apostados
em mostrar que é possível fazer politica diferenciada, com ideias,
com linhas estratégicas de actuação, e preocupados acima de tudo
em agradar os alpiarcenses, sem segundas intenções de carreiras politicas
ou para agradar a quem nem sequer reside nesta terra.
O voto neste movimento ‘TODOS POR ALPIARÇA’ é um voto com valor,
é um voto por ALPIARÇA. Não se trata de um tiro no escuro ou meramente
um voto de protesto contra o poder instalado.
Não podemos adiar mais o nosso futuro. Contamos convosco porque queremos
fazer HISTÓRIA
VAMOS SER TODOS POR ALPIARÇA…
MUITO OBRIGADO !
7 comentários:
é assim mesmo miúdo! Sem papas na lingua. Até agora nunca nos enganaste. Alpiarça está acima de tudo!
Este é que devia ser candidato a presidente da câmara. O Xico podia dar um bom conselheiro económico.
Olha este já a querer evidenciar-se com o discurso antes dos outros dois. Ó Xico põe-te a pau com ele, que ainda acabas em segundo na lista.
Dr Mário Santiago , o sr chateou-se muito com a deputada Ines Aguiar. Teve muito trabalho para a conseguir domar. Ir para as listas do Cunha é ainda mais perigoso . Existem muitos mais desafios desse e muito melhores !
Grande Mário ! Quem diria.....
Este senhor não tem vergonha!!!
Como é possível alinhar com posições tão antagónicas??? A vaidade é um vício terrível...
Um inconsequente que proferiu discursos inflamados contra o governo e que vai alinhar com um candidato que defende a 200% (palavras do próprio) a política de Passos Coelho.
Quanto à competência na condução dos trabalhos da Assembleia deixou muito a desejar, além de autoritário e mal educado.
É mesmo necessidade de protagonismo.
Já estou a imaginar quem é que ele vai tentar domar, nesta lista. É que isso está-lhe no sangue, nunca vai mudar. Quem sofre depois é a família, a sua mulher, que tem que aguentar com o stress das situações que ele cria. Tenho pena. Mas, por outro lado, se não fosse na política era noutro lado qualquer. Só não aconteceria se se mantivesse sozinho com as suas estrelas e astros.
Para muita gente, deveria haver apenas dois clubes em Portugal: Benfica e Sporting.
Só que para azar deles e sorte do desporto em geral, a coisa não funciona assim. Veja-se o resultado do Porto.
E não é preciso pôr mais na carta...
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