Em apenas um ano, a economia portuguesa assistiu à
destruição de 165 mil postos de trabalho, tendo a taxa de emprego
descido para os 61,9% no terceiro trimestre do ano passado. Esta
evolução coloca Portugal como o segundo país da OCDE onde esta taxa mais
caiu naquele período. Pior, só na Grécia.
No final de
setembro, Portugal contava com 4,35 milhões de pessoas empregadas, sendo
este o universo mais reduzido desde 2008, segundo indicam as
estatísticas trimestrais do emprego ontem divulgadas pela Organização
para a Cooperação e Desenvolvimento Económico (OCDE), que reúne os
países ocidentais.
A comparação com o trimestre terminado em
junho revela uma quebra no número de empregos da ordem dos 28 mil. Ou
seja, naquele período, a taxa de emprego desceu de 62,3% para 61,9%. No
conjunto da zona euro, apenas a Grécia, a Estónia e a Dinamarca
registaram quebras mais acentuadas.
A comparação homóloga é
igualmente reveladora dos efeitos da crise económica. Há um ano, a taxa
de emprego medida pela OCDE era de 64,4% (correspondendo a 4,526 milhões
de pessoas), o que significa que, neste período de tempo, a economia
portuguesa assistiu à destruição de 165 mil empregos.
A quebra
homóloga da taxa de emprego (que mede a proporção de pessoas empregadas
entre os 15 e os 64 anos) foi em Portugal de 2,55 pontos percentuais,
apenas ultrapassada pela Grécia, onde se registou uma descida de 4,6
pontos.
Esta situação negativa em dois dos países que são alvo de
um programa de assistência financeira internacional não tem paralelo na
Irlanda, onde os dados da OCDE indicam crescimentos homólogo e
trimestral do nível de emprego, tendo este atingido os 58,8% em setembro
de 2012.
«DE»
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