"O Continente tudo fará para manter o conforto dos seus
clientes, mantendo à sua disposição os diversos meios de pagamento",
afirmou fonte oficial da Sonae, depois de esta semana ter sido noticiado
que, a partir de um de Setembro, o Pingo Doce vai deixar de aceitar
pagamentos com cartões de multibanco e de crédito em compras com valor
inferior a 20 euros.
A mesma fonte da Sonae acrescentou que considera "as taxas
praticadas pela Unicre e pela SIBS manifestamente exageradas e
injustificadas no contexto europeu".
Segundo o ‘Público’ de terça-feira, numa nota escrita, que já
começou a ser distribuída a alguns clientes, o Pingo Doce, marca da
Jerónimo Martins, refere que a medida vai permitir uma poupança anual
superior a cinco milhões de euros.
No mesmo dia, a directora-geral da Associação Portuguesa de
Empresas de Distribuição (APED), Ana Trigo Morais, disse considerar que
as taxas cobradas nas transacções com cartões de multibanco aos
retalhistas em Portugal "são muito elevadas".
"Entendemos que Portugal é um mercado que tem pouca
concorrência e cobra taxas muito elevadas aos comerciantes", disse Ana
Trigo Morais.
Já a SIBS considera que limitar o uso de pagamentos com cartões afecta o bem-estar e a segurança dos consumidores.
"A eficiência e a conveniência do sistema de pagamentos
português são reconhecidas internacionalmente como um dos melhores
exemplos mundiais, tornando esta actividade numa das poucas onde
Portugal assume posições de liderança internacional", explicou a empresa
de processamento de pagamentos electrónicos, num comunicado publicado
na sua página na Internet.
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Por seu lado, fonte oficial da Unicre, empresa especializada na
gestão e emissão de cartões de pagamento, disse à Lusa que a companhia
tem feito "um esforço considerável" para reduzir taxas sobre operações.
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