Por: M. Ramos |
Estivemos a observar com toda a atenção estas indicações sobre o lixo
emanadas da Câmara Municipal de Alpiarça muito bem ilustradas por
fotografias e, sinceramente, não sabemos se são simples conselhos aos
munícipes se são normas ou posturas municipais para serem respeitadas e
cumpridas. É que em todos os municípios de Portugal existem regras e
posturas que, quando desrespeitadas incorrem em ato de desobediência e
são por isso sancionadas com multas ou coimas pela entidade
administrativa, como forma de dissuadir os faltosos e incumpridores. Em
Alpiarça, a CDU/PCP parece ter optado por uma política de mais brandura e
liberdade de atos e costumes. Cada um faz o que quer e não há coimas
p´ra ninguém! Uma verdadeira República das Bananas! Recordamo-nos de que
na altura da gerência da câmara municipal pelo executivo PS, a CDU a
dada altura, resolveu não votar os processos de contraordenação
apresentados para votação nas reuniões de câmara, como forma de protesto
contra o ato camarário relativamente ao despejo de documentos antigos e
outras tralhas no malagueiro das Praias, como muitos saberão, onde
havia um letreiro que rezava: “É proibido vazar lixo.”
Curiosamente, logo que a CDU subiu ao poder em 2009, os processos de contraordenação deixaram de estar presentes nas reuniões de câmara para serem discutidos e votados. Das duas uma: ou a lei foi alterada quanto à tramitação dos processos… ou deixou de haver contraordenações no município de Alpiarça. Seria interessante alguém perguntar ao executivo CDU pelo resultado das contraordenações que fazem, aliás, parte do orçamento de qualquer município do País. É evidente que esta forma de não dar a conhecer o prevaricador em ato público, é muito mais cómoda para o autuado e para autuante. Fica tudo no segredo dos deuses! Mas, lá está, o efeito dissuasor que a própria lei prevê e pretende, acaba por não ter a eficácia desejada. Mas enfim, são maneiras de gerir a coisa pública.
Noticia relacionada: "Câmara informa":
Curiosamente, logo que a CDU subiu ao poder em 2009, os processos de contraordenação deixaram de estar presentes nas reuniões de câmara para serem discutidos e votados. Das duas uma: ou a lei foi alterada quanto à tramitação dos processos… ou deixou de haver contraordenações no município de Alpiarça. Seria interessante alguém perguntar ao executivo CDU pelo resultado das contraordenações que fazem, aliás, parte do orçamento de qualquer município do País. É evidente que esta forma de não dar a conhecer o prevaricador em ato público, é muito mais cómoda para o autuado e para autuante. Fica tudo no segredo dos deuses! Mas, lá está, o efeito dissuasor que a própria lei prevê e pretende, acaba por não ter a eficácia desejada. Mas enfim, são maneiras de gerir a coisa pública.
3 comentários:
Lembro-me do que era ensinado na escola "fascista" a propósito do suposto milagre da Raínha Santa Isabel que dizia para o rei:" São rosas, senhor, são rosas..."
O comentador pretende que o PCP/CDU tome posição sobre algo? Esqueça!
Desde sempre essa gestão é feita pelo deixa andar, não me comprometas, não tomo posição. A velha política da avestruz que enterra a cabeça na areia até que os problemas passem.
Agora, no Séc. XXI não serão as rosas o alibi a utilizar, mas... "São votos, senhor, são votos...!
Esquecem-se que por cada voto ganho por não decidir perdem 3 ou 4 vezes mais por parte daqueles que cumprindo a lei se sentem injustiçados.
Viver em sociedade implica direitos e deveres. O problema é que desde há muito em Alpiarça existem mil direitos e quase nenhuns, ou nenhuns deveres.
Quarenta anos depois do 25 de Abril de 1974, ainda podemos encontrar opiniões encriptadas, ditas nas entrelinhas à maneira antiga, como esta deixada aqui pelo autor do texto. O autor, sem qualquer dúvida, saberá muito mais do que aqui escreve. Esperemos que a VERDADE não tenha que ser camuflada ou escondida como nos tempos de má memória que já lá vão. A VERDADE deve ser o caminho. Doa a quem doer. Cada um que assuma as suas responsabilidades.
Um dia, a história dos processos de contraordenações que prescreveram na Câmara Municipal de Alpiarça, terá de ser contada. Os alpiarcenses têm o direito de saber o que efectivamente se passa no seu município que, supostamente, é governado com rigor e transparência.
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