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terça-feira, 20 de outubro de 2015

Economia recuperou mas há mais pessoas em risco de pobreza

 O número de portugueses em risco de pobreza aumentou em cerca de 100 mil entre o início da crise (em 2008) e o ano em que a economia regressou a terreno positivo (2014), o que significa que no ano passado estavam nesta situação 2,86 milhões de pessoas. A situação é menos grave quando se têm em conta as transferências socais mas, mesmo assim, os dados divulgados pelo Eurostat mostram que a tendência se agravou ao longo daqueles seis anos.
Em média, um em cada quatro cidadãos da União Europeia (ou seja 24,4%) apresentava em 2014 um perfil e nível de rendimentos que o colocava em risco de pobreza. Traduzindo em números, esta percentagem equivale a 121,86 milhões de pessoas. Deste total, 2,85 milhões vivem em Portugal, o que equivale a 27,5% da população nacional.
Os dados do Eurostat, divulgados a propósito do Dia Internacional de Erradicação da Pobreza, mostram que a crise deixou marcas na maioria dos países que integram a UE, que viram o universo de pessoas em risco de por base aumentar entre 2008 e 2014. As exceções a esta regra são poucas e nem a Alemanha escapou.
Mesmo quando este risco é medido depois de se terem em conta as transferências sociais, verifica-se que a tendência se agravou entre 2008 e 2014. O que pode ser explicado pelo facto de muitos Estados se terem visto obrigados a reduzir as despesas em apoios sociais. Esta tendência de corte nos apoios terá sido mais expressiva nos países que estiveram ou se encontram ainda sob o efeito de programas de ajustamento financeiro.
«DV»

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