Por:Eduardo Costa |
Mas o que mais me incomoda é continuarem a fazer-nos passar por CAMELOS! Que se lixe a democracia e os votos... A bem da Nação ( e dos bolsos de alguns) tem de ser o PSD-CDS a continuar a governar a todo o custo!
Mas afinal o que é mais importante para o governo do país? Uma coligação sem apoio parlamentar só por ter ganho as eleições? Ou um projecto maioritário parlamentar alternativo em função dos resultados eleitorais?
É mais importante um Governo minoritário PSD-CDS só por ter ganho as eleições que, logo que apresente o Orçamento na Assembleia da República, cai e fica meses em gestão até à eleição de um novo Presidente da República que depois marque novas eleições legislativas; ou antes um governo de base parlamentar maioritária que governe 4 anos?
Vejam o Presidente da República, que para representar o Estado, tem de ter maioria absoluta dos eleitores que votam, pois senao há segunda volta.
Freitas do Amaral ganhou na 1ª volta das presidenciais, mas perdeu na 2ª volta para Mário Soares que teve a maioria dos votos... Recordam-se? Seria mais legítimo que o Presidente da época fosse Freitas do Amaral só por ter ganho a 1ª volta? Ou antes Mário Soares que teve a maioria dos votos dos portugueses?
Já viram que se houvesse 2ª volta entre Passos e Costa, quem teria a vitória esmagadora seria Costa (apesar de nem gostar dele). Imaginem que em França, Marie le Pen tem mais votos, acham que os Sarkosys e o PS francês nao se entenderiam para evitar o desastre da extrema-direita.
Para a Europa não chegou já a Alemanha de Hitler? Governa quem tiver apoio da maioria do povo através do número de deputados eleitos. Aliás no passado era essa a teoria que Coelho e Portas defendiam... Recordam-se?
E já que as almas vendidas aos "mercados financeiros", na falta de melhores argumentos apresentam a instabilidade financeira que a actual situação esta a provocar... Imaginem o que seria a queda de um hipotético governo minoritário PSD-CDS dentro de 1 mês, quando da apresentação do orçamento no Parlamento e o arrastar desse governo moribundo até constitucionalmente poder haver eleições parlamentares. Ou será que pretendem extinguir por decreto a democracia e sermos governados por novos fantoches a mando desses mercados ou subservientes aos seus "donos" como até agora?
A verdade é que quando a coligação PàF ja se preparava para formar governo e começava já a escolher ministros, secretários de Estado e novos boys,,, o líder do PS, António Costa, avançou com uma reviravolta de reuniões produtivas com PCP, PEV, PAN e BE.
Passos Coelho e Portas ainda contavam com as divergências no seio do PS para ganharem vantagem. Mas nem isso chegou para demover Costa e esta semana instalou-se o pânico na PàF. O desespero é tal, que a comunicação social já afirma que a coligação está disposta a aceitar todas as condições que António Costa entender.
Mas eleitores da PàF são os mais desiludidos e frustrados!
- Votaram sem conhecer o Programa do Governo !
- Votaram num governo que se vendeu a Merkel como agora se quer vender ao PS!
- Não tiveram maioria!
- E agora a coligação PàF até governa com o Programa do PS !
(Este texto também pode ser lido na página do FB de Eduardo Costa)
3 comentários:
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Nos países civilizados democráticos nem sempre quem governa é o partido que ganha as eleições.... A constituição desses países considera que a formação de Governo deve ter em conta os resultados eleitorais. A Constituição da República Portuguesa diz o mesmo.
Muitos eleitores portugueses que acompanham o sucesso das coligações que formam o poder político nesses países democráticos, começaram a seguir o exemplo dos eleitores europeus dispersando o seu voto por partidos de menor dimensão, impedindo assim maiorias absolutas obrigando os partidos a negociar entre si um programa estável de governo.
Em 2011 o PSD ganhou as eleições mas sem maioria absoluta e que para poder governar teve de se juntar ao CDS. Os dois partidos juntos tinham na altura quase 3 milhões de votos (2.813.069) que lhes conferiu a maioria absoluta.
Agora em 2015, os dois partidos juntos não conseguiram a maioria não chegando aos 2 milhões de votos. Tiveram apenas 1.981.459 e portanto comparativamente com 2011 perderam quase um milhão de votos.
Neste contexto, se em 2015 o PS como partido, da oposição, mais votado se entende com outros partidos, conseguindo quase 3 milhões de votos (2.813.069) que lhe conferem a maioria absoluta, é óbvio que deve governar. Ainda que haja compreensiveis reservas sobre a capacidade de um partido de contestação de rua como o PCP, cumprir compromissos políticos governamentais com o PS.
Num sistema democrático as maiorias não se submetem às minorias!!! Quem governa é quem tem mais votos/mais deputados para formar uma maioria, qual é a dificuldade?
A LÓGICA DA BATATA!!!
"Se os eleitores do PS não votaram neste partido para que se constituísse «um governo com o PCP e o Bloco" como muitos PSD´s afirmam, não se sabe.
O que já parece razoável supor é que os eleitores que votaram na coligação PàF não o fizeram para que PSD e CDS/PP viessem, depois agora das eleições, desesperadamente a adoptar o programa eleitoral do Partido Socialista, só para se manterem a qualquer preço no governo.
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