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terça-feira, 27 de agosto de 2013

Orei vai nú, ainda!

Por: Anabela Melão
Pensei não voltar ao assunto, mas volto! os assessores de Cavaco - cujo trabalho se tem mostrado deplorável na área protocolar - afirmam que o presidente deu as "suas" condolências às corporações (e familias) de bombeiros, mas que terá pedido para o gesto se mantivesse em privado. Cavaco, enquanto cidadão, prestará as condolências da forma que entender - como qualquer um de nós (apesar de a grande maioria de nós o ter feito publicamente por aqui enquanto que o mural da Presidência oferece o maior silêncio sobre o assunto, retirandos os protestos dos cidadãos) -mas, enquanto representante mais alto do País (será que ele acredita na falácia de que o é?), deve fazê-lo de forma pública e oficial, aliás como o fez, no passado, com outras calamidades naturais - o tornado no Algarve, por exemplo - em que se dirigiu pelas televisões às vítimas. 
tanto mais que, foi, publica e oficialmente, que lamentou a morte de uma personagem "pública" de ideias contestadas por uma boa parte dos portugueses. o que deveria ter sido um voto de condolências privado (Borges era amigo de Cavaco) "transformou-se" num voto institucional. ocorre que um voto de pesar público pela morte dos bombeiros corria o risco de ser interpretado como uma crítica ao Governo, coisa que Cavaco está longe de querer (e de poder) fazer. o rei vai nú, ainda!

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