Por: Anabela Melão |
Pensei não voltar ao assunto, mas volto! os assessores de Cavaco - cujo
trabalho se tem mostrado deplorável na área protocolar - afirmam que o
presidente deu as "suas" condolências às corporações (e familias) de
bombeiros, mas que terá pedido para o gesto se mantivesse em privado. Cavaco,
enquanto cidadão, prestará as condolências da forma que entender - como
qualquer um de nós (apesar de a grande maioria de nós o ter feito publicamente
por aqui enquanto que o mural da Presidência oferece o maior silêncio sobre o
assunto, retirandos os protestos dos cidadãos) -mas, enquanto representante
mais alto do País (será que ele acredita na falácia de que o é?), deve fazê-lo
de forma pública e oficial, aliás como o fez, no passado, com outras
calamidades naturais - o tornado no Algarve, por exemplo - em que se dirigiu
pelas televisões às vítimas.
tanto mais que, foi, publica e oficialmente, que
lamentou a morte de uma personagem "pública" de ideias contestadas
por uma boa parte dos portugueses. o que deveria ter sido um voto de
condolências privado (Borges era amigo de Cavaco) "transformou-se"
num voto institucional. ocorre que um voto de pesar público pela morte dos
bombeiros corria o risco de ser interpretado como uma crítica ao Governo, coisa
que Cavaco está longe de querer (e de poder) fazer. o rei vai nú, ainda!
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