Por: José Carvalho |
Para que conste eu não assino como anónimo (ler: "TPA: Um "ponto final
neste comportamento anti-dem...": ).
Portanto, não seria certamente a mim que se referia. Ainda assim, escrevo este
post porque, tal como muitos outros, pretendo saber o que posso esperar
(afinal, é um direito de qualquer eleitor... e quem se candidata a qualquer
cargo público tem de estar preparado para esse escrutínio pré-eleições, tal
como o Sr. estará). No entanto, permita-me discordar: a discussão pública de
factos não é anti-democrático. Bem pelo contrário. Mas ao levantar o véu sobre
algumas questões, o defeito profissional leva-me a questionar outras coisas que
não aparecem nos sites públicos e estatais (sendo que esta maneira de estar não
é exclusivamente minha, vários já o escreveram por aqui). No que me diz
respeito, em todas as questões que coloquei (e já há alguns MESES) eram
observações e informações públicas que careciam, obviamente, de confirmação do
Movimento Todos Por Alpiarça (ou PSD, dado que não se trata de uma candidatura
independente como foi vaticinado...). É isso que tenho feito. Falando por mim e
por muitos mais que assinam como anónimos ou nem sequer opinam (o que, diga-se,
é tradicional em Alpiarça e que é um dos maiores factores de
sub-desenvolvimento da localidade), o que se pretende - e sempre se pretendeu -
é obter esclarecimentos. Se irão ser suficientes para conseguir alguns votos ou
perder outros tantos, não sei. Isso é algo que cabe a ao Movimento e a cada
eleitor. Ainda assim, julgo que seria benéfico que cada
candidatura colaborasse com a candidatura vencedora (seja ela qual for) para
que se pudesse trabalhar em prol de uma melhoria das condições socio-económicas
locais.
2 comentários:
Caro José Carvalho li atentamente o seu artigo e acho que tudo o que diz é a mais pura das realidades. Não se pede aos candidatos que passem o dia a ler a blogosfera e que respondam a todas as provocações que lhes são feitas, mas como diz o outro: Quem cala consente.
Lembro-me bem que aqui há uns meses uns anónimos começaram a "mandar umas bocas" acerca da mãe e depois da própria e actual presidente da Junta de Freguesia. Ambas, cada uma a seu tempo fizeram um desmentido e assinaram por baixo. Acabaram-se as bocas e as malidecências e a partir daí pouco ou muito pouco se escreveu sobre essas pessoas, pelo menos com maldades.
Seria bom, que quando se escrevem mentiras sobre o Mário Fernando, o Pedro Gaspar ou Francisco Cunha, alguém da candiatura ou os próprios fizessem um desmentido e assinassem por baixo, ao não o fazerem, ou concordam ou acobardam-se. Depois uma mentira dita muitas vezes, passa a ser verdade.
Quando escreve: "julgo que seria benéfico que cada candidatura colaborasse com a candidatura vencedora (seja ela qual for) para que se pudesse trabalhar em prol de uma melhoria das condições socio-económicas locais", esqueça, isso nem em Alpiarça, nem em qualquer concelho deste país vai acontecer, a política é do bota-abaixo, terra queimada, para nascer verdinho com as próximas chuvas... se bem me faço entender.
Depois quando diz que as pessoas em Alpiarça nem sequer opinam (o que, diga-se, é tradicional em Alpiarça e que é um dos maiores factores de sub-desenvolvimento da localidade), eu não concordo muito consigo. As pessoas opinar até opinam, mas escondem-se no anonimato ou nos pseudónimos. Porque se não sabe eu digo-lhe: em Alpiarça há alguns anos atrás muito se condenou e falou do anoniato na blogosfera, mas depois quando o senhor António Centeio e outros bloguistas lograram assinar os seus artigos de opinião, sabe o que aconteceu? Se não sabe eu digo-lhe foram questionados no Ministério Público sobre o que escreviam em determinado blogue cá da terra. Um blogue que fez história, onde o administrador deste jornal escrevia e que foi o precursor do Jornal Alpiarcense.
Quanto ao não opinar ou tomar a iniciativa, quem conhece Alpiarça e aí podemos estar a entrar na área da sociologia ou da psicologia de grupo, quem sabe se as velhas gerações não estarão ainda sob o domínio da mentalidade do "quem manda é o Capataz". Isto se não sabe, Alpiarça foi durante muitos anos uma terra explorada por grandes agrários que exploravam o povo até ao tutano. Até a PIDE reconheceu e fez relatórios onde se pode ler (o JA ontem divulgou um desses relatórios) que os "patrões" pagavam pessimamente aos seus trabalhadores agrícolas e preferiam no fim das "safras" trocar de carro ou ir de férias para o estrangeiro e que Alpiarça como terra pequena onde todos se conhecem, esse tipo de comportamentos revoltava as pessoas. Até os "ranchos" que vinham para s vindimas ou para para as colheitas da azeitona e outras labutas eram de tal maneira mal pagos e explorados que muito raro era voltarem cá uma 2.ª vez. Senhor Carvalho pense nisto.
ou nem sequer opinam (o que, diga-se, é tradicional em Alpiarça e que é um dos maiores factores de sub-desenvolvimento da localidade),
Sabe... por isso é que questiono baseado em factos públicos e peço documentação oficial de modo a dissipar eventuais dúvidas. Não tem que dar esclarecimentos. Mas, certamente, a população irá interpretar essa ausência de informação à sua maneira. Aliás, esclarecimentos esses que já andam "prometidos" desde Abril ou algo do género... mas cada um sabe de si.
Mas sobre a população... é mesmo psicologia de grupo.
Enviar um comentário