A partir de 1 de janeiro de 2013 os consumidores domésticos vão poder escolher o fornecedor de energia, o que significa que vão deixar de estar condicionados à EDP. Com esta alteração vão acabar os preços regulamentados e cada empresa vai poder praticar a sua tarifa.
Estas alterações poderão trazer algumas vantagens aos consumidores de eletricidade, já que estes passarão a ter um maior poder negocial, no entanto ficarão sujeitos às flutuações do mercado, podendo pagar mais ou menos consoante o custo da energia nos mercados internacionais, como já acontece no gás natural, refere o jornal i.
À semelhança deste setor, haverá maiores oscilações do preço ao longo do ano, quer para mais, quer para menos, dependendo da conjuntura internacional, dado que Portugal ainda depende muito do exterior a área da eletricidade.
No entanto ainda não se sabe se as taxas que atualmente são incluídas na fatura de eletricidade da EDP continuarão a fazer parte das futuras contas enviadas aos consumidores domésticos ou se passarão a ser cobradas de outra forma.
Segundo o jornal i, a liberalização deste mercado não significa, contudo, que o preço da eletricidade vá descer de imediato, até porque os preços praticados pela EDP não refletem a realidade do mercado. São preços regulados pelo governo sob proposta da ERSE, a entidade reguladora do setor, que não refletem as variações dos elementos que compõem o preço da energia elétrica, como o custo dos combustíveis e os subsídios concedidos pelo estado às energia renováveis.
Caso o consumidor doméstico decida trocar de fornecedor, a mudança de contador de luz será gratuita e não ultrapassa, em média, os dez dias de espera. No entanto, a troca de fornecedor de energia não obriga a esta alteração nem a de qualquer outro aparelho.
No caso da escolha de outra empresa há que ter em conta ainda a eficiência energética das casas, uma escolha mais rigorosa de eletrodomésticos e uma escolha cuidada do tarifário bem como as formas de pagamento mais favoráveis.
A liberalização do mercado da energia elétrica para os consumidores domésticos já deveria ter entrado em vigor em 2007 mas o governo optou por liberalizar apenas o consumo para as grandes empresas.
«Sapo»
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