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domingo, 2 de fevereiro de 2014

E quem foi Manuel António?

Por: Ricardo Hipólito

A Câmara Municipal de Alpiarça (e os seus parceiros) atingiu agora o primeiro degrau de todo um processo de fazer, não só, renascer a variedade "Manuel António", mas também de a afirmar como um produto regional.

Mais passos ainda faltam dar. O nosso desejo é que tenham sucesso. 
E quem foi Manuel António?
Em 1922 nasceu em Alpiarça Manuel António Fernandes, filho de fazendeiros.
Com apenas 18 anos iniciou-se na arte de fazer meloais. Seria mais um entre as muitas centenas de meloeiros que este pequeno concelho ribatejano gerou, caso um infortúnio não o tivesse catapultado para a ribalta.
Em 1955 a sua seara, em vez de dar origem a bons melões, produzia frutos que mais se assemelhavam a abóboras ou a pepinos. Em vez de desanimar, Manuel António, com o seu saber empírico e perseverância, escolheu a semente dos poucos frutos que revelaram qualidade, continuando a fazê-lo nos anos seguintes.


Quase nos finais da década de 50 do Século XX estava criada uma variedade de melão que veio a ser conhecida por “Manuel António”. Era um melão bonito, arredondado, com o peso médio de três a quatro quilos, cor verde bronzeada e alinhavado, com polpa branca.
Foi um melão que marcou uma época, fruto do esforço e empenho – e por que não, da arte – de um meloeiro de Alpiarça.
Manuel António, um homem considerado entre os seus pares, foi relembrado ou dado a conhecer no 1º Festival do Melão, em Alpiarça e o primeiro número do projecto “Cadernos Culturais” da Associação Independente para o Desenvolvimento Integrado de Alpiarça (AIDIA) a ele foi dedicado.

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