O objectivo é definir os projectos a candidatar ao novo período de programação de fundos comunitários 2014-2020.
A Lezíria do Tejo quer aproveitar o próximo quadro comunitário
para se tornar um território de referência nacional e internacional no sector
agro-industrial, criativo e inovador, com recursos humanos altamente
qualificados e de elevada qualidade ambiental.
Estes são alguns dos objectivos da estratégia Lezíria 2020 –
Programa Territorial Integrado (PIT), que a Comunidade Intermunicipal da
Lezíria do Tejo (CIMLT) tem vindo a discutir com 19 parceiros da região com
vista a definir os projectos a candidatar ao novo período de programação de
fundos comunitários 2014-2020.
“O que distingue a Lezíria é a agricultura e a
agro-indústria”, frisou à Lusa o secretário executivo da CIMLT, António Torres,
referindo a importância de acrescentar valor ao sector, nomeadamente apostando
fortemente nas parcerias que promovam a investigação e a inovação.
A par dessa aposta, o PIT preconiza a diversificação da base
produtiva da região em áreas como a logística (já com forte implantação nos
concelhos da Azambuja e de Benavente) e o turismo/visitação, com incidência nos
percursos na natureza.
A promoção da competitividade e da internacionalização das
empresas constitui outro vector do eixo que defende o alargamento da base
económica regional e a promoção da inovação, apontando para “uma economia de
maior valor acrescentado nos produtos e de maior intensidade tecnológica”, com
reforço do capital humano e aposta na aprendizagem ao longo da vida.
O segundo eixo visa a promoção da coesão social e da
empregabilidade, com apostas na economia social, na inovação e no
empreendedorismo, de forma a promover a inclusão social e a luta contra a
pobreza, a aumentar a qualidade de vida das populações, a usar as novas
tecnologias como factor de inclusão social e a melhorar as acessibilidades e a
mobilidade na região.
A requalificação e a sustentabilidade territorial constituem
o terceiro eixo estratégico, que aponta para a preservação da biodiversidade, a
valorização dos recursos naturais, a protecção dos solos e do património
ambiental, paisagístico e natural, a prevenção de riscos, a melhoria dos sistemas
de abastecimento de água, saneamento e de resíduos e ainda a redução da
dependência energética.
Por outro lado, preconiza a qualificação e revitalização dos
centros urbanos e áreas comerciais de forma a promover a atractividade
residencial e empresarial, a salvaguarda do património cultural construído, a
promoção da mobilidade sustentável (contribuindo para a redução das emissões de
carbono) e o desenvolvimento de novas actividades associadas ao meio rural.
O envolvimento de todos os atores regionais relevantes e a
modernização e eficiência dos serviços públicos dominam o quarto eixo,
relacionado com a governação estratégica e a eficiência da administração
pública.
“Há uma preocupação grande na criação de emprego e nas
parcerias. Queremos ter áreas de excelência, aproveitando o que têm de bom as
empresas da região e trazer valor acrescentado”, sobretudo através da ligação
ao ensino superior e à investigação, sublinhou Pedro Ribeiro, presidente da
CIMLT e da Câmara Municipal de Almeirim.
A CIMLT integra os municípios de Almeirim, Alpiarça,
Azambuja, Benavente, Cartaxo, Chamusca, Coruche, Golegã, Rio Maior, Salvaterra
de Magos e Santarém.
«Lusa/Público»
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