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quinta-feira, 2 de agosto de 2012

Se quer bombeiros pague primeiro a “taxa”


 A Câmara de Almeirim vai criar uma “taxa mensal” para financiar a Protecção Civil no valor de 80 cêntimos.
Financiar a Protecção Civil mais não é do que financiar os encargos do Corpo de Bombeiros (Protecção Civil e Bombeiros estão interligados) que por acaso em Almeirim são "Voluntários".
Ao lançar tal valor na “factura de água” ninguém se pode recusar a pagar porque se o fizer o mais que lhe pode acontecer é ficar sem água da rede.
Uma “manhosice” legal onde ninguém pode “fugir” com o inconveniente que todos os contribuintes, quer queiram quer não, passam a ter que sustentar a Associação dos Bombeiros Voluntários de Almeirim que deveria ser sustentada pelas receitas obtidas pelos sócios já que é uma Associação.
A Câmara de Azambuja pensa o mesmo e se a “moda pega” dentro de pouco tempos temos todos na "factura da água" dezenas de cêntimos para ajudar a pagar as despesas dos bombeiros quando os “Municipais” já são sustentados e subsidiados pelas respectivas autarquias e pelo ministério tutelar.
A “manhosice” mais não é do que obter receitas para os desvarios da classe politica que nos governa e onde o cidadão não tem possibilidade alguma de se opôr já que a taxa está incluída na "factura da água" que por acaso vai ser cobrada pela “Águas do Ribatejo”  cujo valor ficará retido por esta empresa.
Se alguma autarquia associada da “Águas do Ribatejo” for devedora (ou caloteira) de algum pagamento ou ainda usar alguma “artimanha” para retardar os pagamentos em divida (já houve uma Câmara da região  que usou este sistema) à empresa detentora do abastecimento de água logo ficará impedida de receber a tal taxa até “acertos de contas” não isentando assim o consumidor ter de pagar o respectivo “encargo”.
Curiosamente a Câmara de Almeirim ao cobrar a cada munícipe a quantia de 80 cêntimos vão conseguir arrecadar em média 300 mil euros anuais que muito ajudará a Protecção Civil, entenda-se: “bombeiros”, que acrescidos aos subsídios que lhes são atribuídos  estes por sua vez passam a ter as suas receitas aumentadas grandemente.
Resta é saber, depois dos bombeiros serem sustentados pelos munícipes ( e sócios da Associação) se estes passam a ter algumas regalias mas o mais provável é terem que pagar os serviços prestados.
É para dizer: se quer bombeiros pague primeiro a taxa

1 comentário:

Anónimo disse...

Ou seja; pagamos impostos não para sustentar as estruturas de apoio aos cidadãos mas para sustentar políticos.
O grave é que todas as câmaras e autarquias inventam impostos para subsidiar serviços básicos enquanto as mordomias e tachos para os boys continuam.

Veja-se esta notícia:
http://www.cmjornal.xl.pt/detalhe/noticias/nacional/economia/fundacao-do-computador-magalhaes-recebeu-454-milhoes-do-estado

1581 MILHÕES derretidos em fundações (ou fundições?) que ninguém pediu para subsidiar e que serve apenas para os amigos encherem o bolso à conta do erário público.
A família Soares tem duas.Uma do senhor que TODOS continuamos a sustentar como se fosse um monarca por ser ex-presidente, e não chegasse isso, a esposa também descobriu que poderia mamar à grande e à francesa, constituindo outra Fundação.
Um aparte... Será por isso que não podem ouvir falar dos anos anteriores a 1974, que com todos os defeitos, não permitia que o estado fosse sugado por estes chico-espertos?
Continuando...a fundação "Magalhães" recebeu 454 milhões de todos nós, sem concurso público e tudo dentro da "legalidade".
Empresas privadas de telecomunicações, empresas privadas (com dívidas fiscais) de informática, e mais um rol de gente que dificilmente conseguirá explicar onde foi gasto tanto dinheiro.
Ou seja, contas simplistas: se o Magalhães fosse distribuído gratuitamente(*) a 1 milhão de portugueses custaria unitáriamente 454 euros!!!
E ninguém vai preso? Ninguém explica ou investiga como apareceram milhões numa determinada conta offshore suspeita de ter origem em desvios (luvas, comissões, etc) do Estado?

Não vale a pena ser político em Portugal?

(*) não foi distribuído a um milhão e houve quem pagasse 50 e mais euros