Alpiarça é uma terra com poucos votantes efectivos

Por: M. Ramos

Em minha opinião, modesta com certeza, pois não sou político nem tenho pretensões a tal, penso que a questão das siglas, usado como grande trunfo pela CDU, poderá eventualmente fazer eco em meia dúzia de pessoas. Os apoiantes do TPA (cujas siglas no boletim de voto serão PSD/MPT) irão votar neste movimento de qualquer modo. Sempre dissemos que este grupo de pessoas (e não são 40 nem 50 votantes como alguém aqui tentou fazer crer) irá fazer mossa na repartição de votos pelos partidos em relação a eleições passadas.

Basta ter dois dedos de testa para perceber isso. Apesar do abstencionismo que terá tendência a aumentar face a eleições anteriores, há que contar com uma votação “anormal” da parte de partidos que nunca antes tiraram o sono ao PS e CDU de Alpiarça.

Teremos mais eleitorado destes partidos a votar, pois irão entender que esta é a sua derradeira hipótese de dizer que afinal ainda estão vivos; temos uma quantidade razoável de eleitores flutuantes, aqueles que contribuíram para a vitória do PS há 16 anos e para retomada da CDU há 4 anos. Depois é importante também a questão dos dissidentes do PS e CDU que irão fazer deslocar mais uns quantos votos (sempre mais de uma centena) para o seu lado. Votos que sairão dos partidos onde antes militavam. E é claro, Alpiarça é uma terra com poucos votantes efectivos e, basta um pequeno desequilíbrio de 200 ou 300 votos, para alterar completamente os resultados de um ou outro partido, em princípio tido como favorito. Por um se ganha, por um se perde – como se costuma dizer.

Mas o melhor mesmo, é esperarmos por fins de Setembro, depois da contagem dos votos.

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