"....Do que se depreende das respostas dadas o
António Malaquias Abalada, ao contrário do que se afirmou depois de 1974, nunca
pertenceu ao Partido Comunista, nunca lhe passou pela cabeça ser apoiante de
tal ideologia e nos dias de greve seria um dos que o partido chamaria, na
atualidade, de fura greves até porque achava que estava a ser bem pago não
sendo necessário qualquer aumento de salário...."
É notável e de louvar o trabalho realizado por José João Marques Pais,
ex Presidente de Junta de Freguesia de Alpiarça, em prol da nossa
história local.
Não querendo aqui menorizar o valor da luta, por melhores condições de vida, que os Alpiarcenses empreenderam, não deixou de me chamar a atenção a parte do interrogatório feito pelo juiz e as respostas dadas pelo "Borlota", que depois do 25 de Abril de 1974 foi dado como corajoso militante do PCP e grande dinamizador da luta popular em Alpiarça.
Do que se depreende das respostas dadas o António Malaquias Abalada, ao contrário do que se afirmou depois de 1974, nunca pertenceu ao Partido Comunista, nunca lhe passou pela cabeça ser apoiante de tal ideologia e nos dias de greve seria um dos que o partido chamaria, na atualidade, de fura greves até porque achava que estava a ser bem pago não sendo necessário qualquer aumento de salário.
Bem vistas as coisas há aqui algo de estranho pois como dizem os camaradas "não bate a bota com a perdigota" e na hora do aperto esquecia-se o partido, a ideologia e até aqueles que eram mandados para a frente como "carne para canhão" naquela lógica muito conhecida em Alpiarça do juntemo-nos todos e vão!
Numa altura em que a palavra de ordem no partido era não ceder aos interrogatórios da PIDE, sob pena de expulsão ou outras coisas mais estranhas, não se compreende este puro e simples renegar do partido.
Compreende-se que ninguém queria ir parar à cadeia, e para isso todos os estratagemas eram válidos,mas não se compreende é que depois de Abril de 74 muitos foram chamados de "bufos" só pelo simples facto, de quando interpelados pelos agentes da policia política,talvez por medo, o mesmo medo que tiveram quem os acusava agora de "bufaria" respondiam embora, talvez, sem darem quaisquer informações de relevo!
A história talvez um dia, o dirá!
Não querendo aqui menorizar o valor da luta, por melhores condições de vida, que os Alpiarcenses empreenderam, não deixou de me chamar a atenção a parte do interrogatório feito pelo juiz e as respostas dadas pelo "Borlota", que depois do 25 de Abril de 1974 foi dado como corajoso militante do PCP e grande dinamizador da luta popular em Alpiarça.
Do que se depreende das respostas dadas o António Malaquias Abalada, ao contrário do que se afirmou depois de 1974, nunca pertenceu ao Partido Comunista, nunca lhe passou pela cabeça ser apoiante de tal ideologia e nos dias de greve seria um dos que o partido chamaria, na atualidade, de fura greves até porque achava que estava a ser bem pago não sendo necessário qualquer aumento de salário.
Bem vistas as coisas há aqui algo de estranho pois como dizem os camaradas "não bate a bota com a perdigota" e na hora do aperto esquecia-se o partido, a ideologia e até aqueles que eram mandados para a frente como "carne para canhão" naquela lógica muito conhecida em Alpiarça do juntemo-nos todos e vão!
Numa altura em que a palavra de ordem no partido era não ceder aos interrogatórios da PIDE, sob pena de expulsão ou outras coisas mais estranhas, não se compreende este puro e simples renegar do partido.
Compreende-se que ninguém queria ir parar à cadeia, e para isso todos os estratagemas eram válidos,mas não se compreende é que depois de Abril de 74 muitos foram chamados de "bufos" só pelo simples facto, de quando interpelados pelos agentes da policia política,talvez por medo, o mesmo medo que tiveram quem os acusava agora de "bufaria" respondiam embora, talvez, sem darem quaisquer informações de relevo!
A história talvez um dia, o dirá!
De um colaborador
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1 comentário:
Mas cabe na cabeça de alguém que um comunista ao ser apanhado pela PIDE e levado para a prisão e posteriormente levado a julgamento iria confessar a qualquer juiz que era comunista? Quer dizer se mesmo negando tudo eram presos anos e anos, que aconteceria ao homem se confessasse que de facto era comunista?
Eu acho que o anónimo que colocou aqui este comentário deturpou completamente o sentido que o autor do texto lhe quis dar quando escreveu o livro "Gente de Outro Ver" e mostra o quanto tem de anti-comunista.
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