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quinta-feira, 20 de setembro de 2012

Corte de meio salário para todos em cima da mesa da Concertação

 Pedro Passos Coelho disse ontem aos parceiros sociais que está disponível para negociar as mudanças na taxa social única, mas só na segunda-feira se saberá exatamente até onde está disposto a ceder. Os parceiros esperam que o Governo chegue à Concertação Social com uma proposta reformulada e levarão também soluções alternativas. Uma delas pode passar pelo corte de meio salário a todos os trabalhadores.
As confederações do Comércio (CCP), Empresarial (CIP), do Turismo (CTP) e da Agricultura (CAP) e a UGT não aceitam que a descida da TSU para as empresas seja feita à custa do salário dos trabalhadores, recusando mesmo o cenário em que esta medida seria aplicada apenas acima de determinado nível de rendimentos. A esta posição dos parceiros, Passos Coelho respondeu com os números macroeconómicos que, a par de uma quebra das receitas, se deparam com a necessidade de cumprir a decisão do Tribunal Constitucional, que impede o corte dos subsídios em 2013.
O argumento não é no entanto aceite pela UGT, com João Proença a sublinhar, no final da reunião, que o "que está em causa" é apenas encontrar uma alternativa de receita que compense a subida de despesa inerente à decisão do TC. Neste sentido, exemplificou que, "matematicamente falando," é possível fazer esta compensação retirando meio salário a todos os trabalhadores. Esta solução permitiria distribuir por todos os esforço, sendo que o impacto no rendimento dos portugueses seria bastante inferior, porque estaria em causa tirar "no máximo meio subsídio a toda a gente".
DV

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