Por: L.A. |
Tenho para mim, que o autor do Post ""DOS LEITORES:
Qual comunismo qual carapuça!", quis despoletar reacções e medir o pulso
ao baluarte comunista de Alpiarça. Certamente que estará a recolher dados para
o seu "Gabinete de Estudos". "Gabinete" eventualmente
parecido com aquele sugerido pelo presidente da câmara na última reunião levada
a efeito no auditório dos Paços do Concelho, relativamente a um munícipe
habitual participante nos eventos de discussão pública de interesse local.
Em alguns aspectos, por muito que me custe dizê-lo, tenho de concordar com o autor do texto. Há muitas decisões mal albardadas por parte do PCP que, deixam até muitos dos seus militantes e simpatizantes de "boca aberta"! Essas decisões de recurso duvidoso, são tantas que, não cabem neste simples texto de opinião. Todavia, quem lê jornais, ouve rádio e vê televisão, sabe quais foram essas "avarias" estratégicas de ocasião do PCP. Pese embora o facto, de termos sempre alguma dificuldade em analisar e classificar com isenção, comportamentos e atitudes, principalmente quando nos tocam.
É claro que ouvimos a argumentação dos comunistas, dos socialistas, dos sociais-democratas e, pela sua convicção até parece que têm todos razão! Mas, nós sabemos que na realidade não é bem assim. As coisas na prática não são exactamente como pintadas em teoria e, depois, lá se perderam mais uns anos das nossas vidas em proveito de coisa nenhuma.
Em alguns aspectos, por muito que me custe dizê-lo, tenho de concordar com o autor do texto. Há muitas decisões mal albardadas por parte do PCP que, deixam até muitos dos seus militantes e simpatizantes de "boca aberta"! Essas decisões de recurso duvidoso, são tantas que, não cabem neste simples texto de opinião. Todavia, quem lê jornais, ouve rádio e vê televisão, sabe quais foram essas "avarias" estratégicas de ocasião do PCP. Pese embora o facto, de termos sempre alguma dificuldade em analisar e classificar com isenção, comportamentos e atitudes, principalmente quando nos tocam.
É claro que ouvimos a argumentação dos comunistas, dos socialistas, dos sociais-democratas e, pela sua convicção até parece que têm todos razão! Mas, nós sabemos que na realidade não é bem assim. As coisas na prática não são exactamente como pintadas em teoria e, depois, lá se perderam mais uns anos das nossas vidas em proveito de coisa nenhuma.
Não será demais recordar que, há cerca de quatro
décadas, já se falava nos malfadados quarenta anos passados de ditadura
fascista, de Oliveira Salazar, a que havia sido sujeita toda uma geração! Como
somos um país de teóricos, poetas líricos e oradores distintos, depois da
ditadura e do sofrimento, passámos mais outros tantos quarenta anos, em ensaios
e experiências de toda a ordem, à sombra da democracia e, o resultado está à
vista.
Como
todos os políticos querem, a qualquer preço, fama, estatuto social e desafogo
financeiro, esgrimem ideias de governo brilhantemente diferentes que não passam
disso mesmo mas, que vão convencendo e iludindo quem vota na esperança de uma
vida melhor. Assim, dificilmente iremos chegar a qualquer porto seguro, e
socialmente desejável. Ninguém terá segurança e prosperidade desta maneira
desorganizada! Seja em nome da democracia seja de qualquer outro sistema
político ou social.
Não
obstante, como já estamos perdidos e é costume dizer-se "perdido por um
perdido por mil" deixo aqui uma confissão: Não gostaria de fechar os olhos
sem ver os comunistas a governar Portugal. Sei que é um sonho irrealizável mas,
só assim poderia ter argumentos sustentados para chamar uns quantos nomes aos
comunistas portugueses, da mesma forma que chamo a quem tem governado o País.
Será
que somos, como afirmou um tal general romano, "um povo que não se governa
nem se deixa governar"? Ou será que precisamos de um outro Viriato dos
Montes Hermínios para nos comandar?
5 comentários:
Quarenta anos depois do 25 de Abril de 1974, o autor do texto que parece ter vivido a época do antes e depois da chamada Revolução dos Cravos, deixa-nos aqui algumas notas que nos dão que pensar. Realmente, 40 anos (!) é muito tempo. Tempo bastante para termos sido ALGUÉM.
40 anos de Salazar deu-nos estabilidade e garantias de sobrevivência quanto ao futuro. Com Salazar e sabia o que podia contar para além de Salazar deixar os cofres a abarrotar de dinheiro e ouro.
. Quanto ao futuro que a Democracia me esta á dar é incertezas e aos poucos vai-me tirando o que amealhe durante anos para viver dignamente o futuro.
Com 40 anos de Democracia nem dinheiro há e muito menos ouro mas cada vez mais ricos estão quem tanto defende a democracia
Bom, pela maneira de falar do senhor comentarista das 12:40 até parece que estamos na presença do GRANDE SILVANO, uma das vítimas da descolonização de Angola que como "retornado" se fixou em Alpiarça nos anos revolucionários do pós 25 de Abril de 1974. Homem corpulento e bonacheirão, falador, filho de juiz, salazarista dos três costados, "chauffeur" particular de família abastada e da pedreira do Hilário em Alpiarça e outras “biscatadas”. Dizia muitas vezes, nos vários lugares públicos onde se encontrava, sem medo de ameaças esquerdinas do Processo Revolucionário em Curso (pudera, com aqueles corpanzil!) : "Salazar foi e será sempre o político mais sério que alguma vez governou Portugal!" e…” Ainda se vão lembrar muitas vezes do velho!”
Penso que o SILVANO terá, não há muito tempo, regressado a Angola. Agora país rico autónomo e independente, para juntos dos amigos e actuais governantes daquele país, seus ex-colegas de escola que um dia lhe chamaram de “menino Toninho” e, neste momento continuará a dizer com o seu ar altivo e convincente: " Eu bem vos disse, que o velho é que tinha razão!..."
P.T
Caro colaborador 'PT' a sua colaboração não é elevada a post pela simples razão, talvez por desconhecimento ,de que o 'amigo Silvano' já faleceu
Agradeço ao António Centeio a informação. Fico triste e chocado com a infeliz notícia, pois morreu um homem bom e educado que independentemente da sua ideologia política, sempre foi leal, amigo do seu amigo e, as suas convicções, certas ou erradas, iam no sentido do bem comum. Nunca foi hipócrita ou vira-casacas, mesmo nos momentos mais difíceis da sua vida. Defendeu sempre, à sua maneira, aquilo em que acreditou.
Ficam estas palavras, associando o espírito do texto anterior, como simples homenagem à sua figura.
Que o Grande Silvano descanse em paz.
P.T
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