.

.

.

.

segunda-feira, 17 de fevereiro de 2014

NERSANT pretende criar um cluster na área da Regeneração Urbana

Teve lugar no passado dia 12 de fevereiro, no Santarém Hotel, a sessão de apresentação pública do projeto Regenerapolis - Uma oportunidade de desenvolvimento económico, promovido pela NERSANT, onde estiveram presentes mais de 60 participantes, entre autarcas, entidades bancárias, empresários da fileira da construção civil e imobiliário.
A Presidente da Direção da NERSANT, Maria Salomé Rafael, explicou que “este projeto está direcionado para os empresários do setor da construção civil, setor este que atravessa um momento crítico”, acrescentando de seguida que “é importante que os empresários conheçam o que está previsto para intervenção nas Áreas de Reabilitação Urbana (ARU) de cada município”.
Os objetivos gerais deste projeto consistem na criação de um cluster de empresas do setor da construção civil, direcionado para a regeneração urbana, bem como, no apoio à procura de novas oportunidades de negócio nesta área. Outros objetivos são a identificação de mecanismos de financiamento para a reabilitação urbana já existentes; mobilizar o acesso a outros instrumentos de financiamento que poderá passar pela criação de um fundo de ativos para financiamento da RU; a criação de uma bolsa de concursos a obras nacionais e internacionais, bem como, delinear projetos conjuntos de intervenção urbana com a participação dos diferentes parceiros (NERSANT, Comunidades Intermunicipais, Municípios e empresas). Para além disto, a NERSANT pretende disseminar, junto dos recursos técnicos das empresas, um manual de  boas práticas e técnicas emergentes na RU, conferindo particular interesse às técnicas construtivas energeticamente eficientes.
António Fonseca Ferreira, ex-Presidente da CCDR de Lisboa e Vale do Tejo e especialista na área do Urbanismo, foi um dos oradores da sessão, tendo feito uma caracterização do contexto urbanístico português, identificando alguns dos constrangimentos e desafios que se colocam à regeneração urbana. Para este especialista, hoje em dia, devido à burocracia existente “é mais fácil construir de novo do que recuperar o que já existe”.
Outro dos oradores convidados pela NERSANT foi João Paulo Craveiro, Presidente da Coimbra Viva, SRU., o qual mencionou alguns dos desafios decorrentes destas operações urbanísticas, nomeadamente, a criação e operacionalização de um Fundo de Investimento Imobiliário, no contexto das ARU´s, na cidade de Coimbra.
Os Secretários Executivos das Comunidades Intermunicipais da Lezíria do Tejo, António Torres, e do Médio Tejo, Miguel Pombeiro, explicaram as estratégias que estão a ser seguidas pelas duas Comunidades nesta matéria. António Torres afirmou que a CIMLT já está a trabalhar há algum tempo nesta matéria, tendo já sido identificadas pelos municípios da Lezíria, 41 ARUS, 35 das quais já aprovadas. Tendo em vista a entrada do próximo quadro Comunitário a CIMLT está a preparar o Plano Territorial Integrado da Lezíria, onde conta com a colaboração da NERSANT, e onde será dado grande enfoque à questão da Regeneração Urbana.
No Médio Tejo, de acordo com Miguel Pombeiro, existem algumas incertezas relativamente à estratégia a seguir, sendo que o próximo quadro comunitário ainda permanece um pouco indefinido, relativamente aos instrumentos de financiamento e às responsabilidades de gestão em matéria de Regeneração Urbana.

Sem comentários: