Louvo a iniciativa de
suscitar esta questão, na medida em que possibilita um debate aberto sobre o
tema. Mais
do que opiniões enviesadas pelo extremar de posições conforme a ideologia
política, que se traduzem por um lado no dizer bem de tudo e por outro no dizer
mal de tudo, é bom trazer para a discussão o que possa dinamizar Alpiarça, nas
mais diferentes vertentes.
Não me
vou deter no resultado dos rankings, primeiro porque não conheço em detalhe os
critérios de avaliação, depois porque, muitas vezes, têm atrás de si interesses
que não são evidentes . Só mesmo quem não conhece Alpiarça poderá dizer que não
tem nada digno de ser mencionado.
Também
não vou tentar demonstrar o contrário, porque entra pelos olhos dentro de quem
queira ter uma visão desapaixonada.
Bastará
perguntar a um forasteiro que venha a Alpiarça para nos orgulharmos do Museu
dos Patudos, da zona da Barragem, da Reserva do Cavalo do Sorraia, do complexo
desportivo dos Patudos, do vinho de Alpiarça, do melão de Alpiarça, etc.
Não
conheci ninguém que tenha vindo a Alpiarça e não parta agradavelmente
surpreendido.
Posto
isto, o que é necessário fazer para que Alpiarça suba no nosso ranking de
vaidade por sermos de Alpiarça? Muito!
É
necessário promover a Casa dos Patudos e torná-la um polo dinamizador de
actividades culturais que o tornem uma referência em termos, pelo menos,
nacionais. Para o fazer, mais do que dinheiro, é preciso dinamismo e imaginação.
É
necessário realçar a importância de Alpiarça em termos arqueológicos. O seu
interesse e relevância está amplamente documentado, todavia, não há qualquer
indicação para o visitante, ou mesmo para os residentes. Para o fazer, mais do
que dinheiro é preciso vontade, e mais uma vez ideias e dinamismo.
O
vinho de Alpiarça é conhecido por todo o lado. Mas se um visitante passar por
Alpiarça ao domingo, mesmo que procure não tem onde comprar uma garrafa de
vinho da Lagoalva, do Pinhal da Torre, da Quinta da Atela, etc.. Porque não
aproveitar o novo espaço criado junto à Câmara para criar a Casa do Vinho de
Alpiarça, em que para além da venda e degustação de vinhos de Alpiarça, fosse
divulgada a nossa gastronomia e doçaria.
A
Reserva do Cavalo do Sorraia é um espaço aprazível, que tem sido muito
melhorado, mas está escondido de quem não tem a sorte de o conhecer.
Não será
tempo de fazer um marketing decente que o promova e divulgue?
Muito
mais haveria a dizer, mas fico-me por aqui, lançando o repto para este debate.
Alpiarça
tem muita, mas muita coisa digna de ser realçada, e quem tem um património
destes tem a obrigação de o fazer reverter em benefícios da mais variada ordem.
Gente dinâmica e com ideias precisa-se, e sei que o Presidente da Câmara, mais
do que ninguém, está interessado em desenvolver o concelho que dirige, em
moldes sustentáveis.
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2 comentários:
Esta da loja do vinho na praça do municipio é uma optima ideia
Depende qual a intenção de quem se lembrou desta forma de negócio. Pode ser bom para criar um ou dois postos de trabalho a vender vinho. E para quem irão os lucros? E quem irá pagar as despesas? È um facto ninguém faz nada por nada. Muito menos em Alpiarça.
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