Mantém-se as dúvidas sobre as opções estatutárias do PS. O Expresso desta semana contactou juristas e militantes do partido e adianta que a leitura dos estatutos permite defender tanto a tese de António José Seguro como a proposta de António Costa.
O imbróglio no PS mantém-se e caso não seja resolvida estatutariamente poderá mesmo chegar a ‘vias de facto’ (leia-se, ir a tribunal), noticia o Expresso.
António Costa procura a marcação de um congresso extraordinário, antecedido de eleições para secretário-geral do partido. Seguro, por outro lado, aponta para a impossibilidade estatutária desta opção e responde com uma novidade que trouxe novas dúvidas: a marcação de primárias abertas, onde militantes e não militantes do PS poderiam escolher o seu candidato favorito… a ser candidato a primeiro-ministro.
Ao Expresso, a deputada e jurista Isabel Oneto considera que não há nada nos estatutos do partido “que impeça a eleição do líder no congresso de um congresso extraordinário”. Um dirigente socialista que não se quis identificar confirmou ao semanário que além de dúvidas de cariz jurídico esta é também “uma questão política”.
Por outro lado, Vitalino Canas, membro da Comissão Política Nacional do PS, realça que a eleição do secretário-geral – e putativo candidato a primeiro-ministro – não está prevista nos estatutos, e que, caso tal novidade fosse acrescentada aos estatutos do partido, estaríamos perante ”uma situação bizarra”, que até ao momento nunca fez parte “da dinâmica política existente em Portugal”.
«NM»
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