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sábado, 2 de junho de 2012

Criou-se um mundo de compadrios e facilitismo calculado


O comentador tem toda a razão ("Algumas figuras do PS merecem confiança zero"). Mas compreenderá que nem todas as pessoas pensam da mesma forma e agem dentro da ética que seria desejável. Por vezes, até estão a vender o peixe (notícia) pelo preço que o compraram e na boa fé veiculam isso como certo. Assim, é compreensível e de inteira justiça o esclarecimento por parte dos visados ou conhecedores dos factos a fim de que a verdade prevaleça.
A LIBERDADE em toda a sua acepção, por uma questão cultural ou outra, ainda não foi completamente assimilada por todos os portugueses. Logo após 25 de Abril de 1974 houve um esforço enorme no sentido de revolucionar as mentalidades da população portuguesa, com uma alfabetização digna de nota e incutindo-lhe a ideia de mais Liberdade mais Responsabilidade. Tudo isso morreu na casca por vontade de alguns e, hoje, praticamente estamos ao mesmo nível da época nessa matéria.
Em boa verdade, o Estado também não tem dado o melhor exemplo aos seus cidadãos em muitos e variados aspectos e que são do conhecimento geral.
A sensação que nos fica é a de que vivemos num país adiado desde há quase quarenta anos. Em que a liberdade não tem sido acompanhada pela responsabilidade. Em que a cultura não cresceu. Em que se incentivou demasiado o Direito em detrimento do Dever. As propostas foram apenas no sentido económico e todos pensaram viver à grande. Criou-se um mundo de compadrios e facilitismo calculado. A tal ponto que para ser doutor ou engenheiro, bastava umas aulas ao fim de semana para obter o canudo que outros levaram anos a conseguir com bastante esforço.
E nestas verdades é que está o cerne da questão. Aqui, é que bate o ponto.
Por: Xico Frade

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