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| Por: Anabela Melão |
O PS parece um daqueles casamentos em fase terminal em que, do lado de ambas as famílias, todos apostam no tudo ou nada porque já não há aquele "casamento romântico" mas apenas uma "sociedade por quotas", em que a questão premente já não é o amor mas a partiha dos bens e as pensões de alimentos. Desta feita, coordenadores e representantes de 14 estruturas do PS na emigração — da Europa e fora da Europa — apelam à realização de eleições directas para o cargo de secretário-geral e à convocação de um congresso extraordinário: «Conscientes do período delicado que o partido vive internamente, apelam ao secretário-geral e à direcção do PS para que criem as condições necessárias para que se realizem tão rápido quanto possível eleições directas e o respectivo congresso para definir a liderança. Dado que essa é uma prerrogativa estatutária, devia ser o próprio secretário-geral a tomar a iniciativa de propor eleições fora do país.» Secretário-geral esse que nunca passou de um namoradinho escolhido e talhado para o "momento"! E é por isso que o rapaz não entende o que se está a passar. É que neste casamento entre familias, todas elas unidas por conveniências, ele não passou do romeu insane, sem hipótese de chegar a marido fiel [a confirmarem-no a maioria que o elegeu e que hoje pede a sua cabeça numa bandeja] e, por conseguinte, equacionar a mera hipótese de divórcio. Todos os países têm a namoradinha que merecem, mas ao menos essas dançam, essas cantam. Este namoradinho devastou famílias, fragmentou um partido, feriu irremediavelmente o romance e não há por aí um dos velhos anciãos que lhe faça ver a luz à moda antiga? Um belo tabefe resolvia os amuos de um menino caprichoso cujo único talento foi o de se anular a bem do partido e do País, isto na sua visão. Mas estas visões de magnificiência são próprias dos esquizófrenicos. E no que toca a patologias silencio-me. Porque aos doentes resta a hpótese de cura! Havendo-a! Ou o afastamento compulsivo com vista à protecção de terceiros.
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